Pneu descalibrado aumenta o consumo de combustível?

Você já parou para pensar que os pneus são os únicos componentes do veículo em contato com o solo? É exatamente por esse motivo que esse material merece a máxima atenção dos motoristas.

Mas, por ora, vamos desconsiderar o risco de dirigir com pressão abaixo da recomendada e vamos apenas medir o quanto se gasta a mais de gasolina ao ignorar a pressão correta.

Para isso, fomos até o campo de provas da GM, em Indaiatuba (SP), e contamos com a ajuda de um time de engenheiros para mostrar esse impacto de consumo nos automóveis. Para servir de cobaia nesse teste escolhemos o Chevrolet Onix Plus, um dos veículos mais econômicos à venda no Brasil.

Para o cálculo, também não consideramos os gastos adicionais com o desgaste excessivo do próprio pneu por rodar murcho, nem possíveis reduções na vida útil dos componentes da direção e suspensão. Agora sim, vamos aos testes.

Primeiro, avaliamos o consumo na condição ideal de pressão rodoviária para o Onix Plus especificado pela fábrica: 35 psi. Depois, reduzimos a calibragem para 20 psi e utilizamos os mesmos parâmetros de velocidade, marcha e ritmo de passagem.

Passagens foram metrificadas e acompanhadas por um time de engenheiros da GM — Foto: Renan Sesicki

É importante dizer que ao diminuir a calibragem dos pneus você aumenta a área de contato do composto com o solo. Isso, além de diminuir a vida útil deles, também faz o carro ficar bem mais beberrão.

Nos nossos testes, o Onix Plus fez 22,4 km/l com a calibragem recomendada. Ao diminuir a condição para 20 psi, o consumo caiu para 21,9 ml/l. Em um ano, há uma diferença pequena de custos de R$ 111. Por isso, aqui a questão mais importante, na verdade, é a segurança.

Confira:

Calibragem	35 psi (recomendado)	20 psi
Consumo	22,4 km/l	21,9 km/l
Litros a cada 40 km	1,78 litro	1,82 litro
Custo anual	R$ 4.918	R$ 5.029
		Diferença: R$ 111

Vale ressaltar que os testes foram acompanhados por nossos jornalistas e pela engenharia da Chevrolet. Esta reportagem não foi paga pela General Motors, que apenas forneceu o espaço e os instrumentos para a padronização dos testes. O time técnico da empresa atuou conforme as solicitações da Autoesporte.

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