Segredos e flagras

Com as mudanças estratégicas para contemplar a produção nacional de SUVs da linha Haval a partir do último trimestre deste ano, a GWM adiou a chegada de sua caminhonete média com motor híbrido flex. Antes prevista para maio deste ano, a picape Poer está com novo cronograma de produção local em Iracemápolis (SP) e lançamento: último trimestre de 2025.

Autoesporte apurou que a fabricante aproveitará o ano e meio a mais de prazo para promover ajustes profundos no projeto, atendendo a pedidos feitos por concessionários da marca e potenciais consumidores em clínicas internas. A GWM trabalha o projeto com cautela, devido às características específicas do segmento e do comprador de picapes médias.

Assim, a GWM Poer deve chegar ao Brasil com visual substancialmente modificado em relação ao modelo existente hoje em mercados como a própria China. Seu conjunto motriz se chama Hi4-T e é bem diferente do sistema DHT presente no Haval H6.

Para começar, a plataforma da Poer será de carroceria sobre chassi de longarina e não monobloco. Assim, o sistema de tração 4x4 é convencional, com direito a eixo cardã e diferencial traseiro mecânico blocante. Há, também, a opção de bloqueio do diferencial dianteiro.

GWM Poer terá o visual e o pacote substancialmente modificados para vir ao Brasil — Foto: Divulgação
GWM Poer terá o visual e o pacote substancialmente modificados para vir ao Brasil — Foto: Divulgação

Chamado E20NB, o motor 2.0 turbo de quatro cilindros e 16V, com injeção direta de combustível, opera em ciclo Miller (com ampliação da fase de expansão da câmara e abertura das válvulas de admissão). Tem comandos de válvula variáveis e escape em dois estágios. Sozinho, rende 255 cv de potência e 38,7 kgfm de torque. Alcança, assim, uma impressionante eficiência térmica de 38,3%.

São dois os motores elétricos de tração, capazes de atuar de maneira independente do motor a combustão ou em conjunto com este. Juntos, rendem 163 cv, perfazendo uma potência combinada de 408 cv e um torque combinado de 76,5 kgfm. O câmbio, chamado 9HAT, é automático de nove marchas, dedicado a motorizações híbridas.

Há chances de que o conjunto venha em seu estágio mais atualizado, chamado Hi4-Z, dotado de um conjunto de baterias de íons de lítio do tipo NMC (níquel-manganês-cobalto), com 59,05 kWh de capacidade. Com ela, a ideia é dar à Poer nacional uma autonomia de cerca de 150 km em modo apenas elétrico, além de um consumo de combustível acima de 10 km/l.

Outra notícia importante é que, inicialmente, a GWM Poer seria lançada junto com um SUV de sete lugares construído sobre a mesma plataforma, o Tank 500. Contudo, o projeto deste modelo esfriou e está praticamente descartado, o que significa que a caminhonete pode ser nacionalizada sozinha.

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