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Retorno da confian�a puxa feira internacional da constru��o civil em SP

A Feicon Batimat (Feira Internacional da Constru��o Civil) come�a na pr�xima ter�a-feira (10) em meio a um clima de otimismo do setor.

Em mar�o, o Icec, que mede a confian�a dos empres�rios da constru��o e � divulgado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria, apontou que a confiabilidade da constru��o civil est� em 59 pontos. Dois anos atr�s, era de 37,5 pontos.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista do empreendimento Portal Centro, da Even, no Br�s
Vista do empreendimento Portal Centro, da Even, no Br�s

O n�mero indica como o empres�rio avalia as condi��es para neg�cios e as expectativas para os pr�ximos seis meses. Quando ele passa de 50, indica confian�a.

"O controle da infla��o e a redu��o da taxa de juros v�m ajudando a melhorar o �nimo dos empres�rios. As �reas de infraestrutura e obras p�blicas contribu�ram para o baixo desempenho do setor, mas o mercado imobili�rio fechou 2017 com resultados favor�veis", diz Jos� Carlos Martins, presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o.

Durante os quatro dias de feira, que termina na sexta-feira (13), cerca de 90 mil visitantes devem circular pelos 85 mil metros quadrados do pavilh�o do S�o Paulo Expo, na rodovia dos Imigrantes, para ver as novidades apresentadas por 700 expositores do Brasil e do exterior.

Haver� estandes de produtos e solu��es de acabamento, estruturas, instala��es e externos (�rea que engloba portas, janelas, �reas externas e de lazer, coberturas e fachadas).

"Na feira � poss�vel encontrar desde quem produz um parafuso espec�fico at� empresas que desenvolvem sistemas de constru��o inteligente e sustent�vel", afirma Mayra Nardy, gerente de produtos do evento.

As principais novidades v�o estar reunidas em um modelo de loja de material constru��o de 160 metros quadrados.

Um dos principais destaques � uma tecnologia capaz de detectar o trajeto feito pelo consumidor dentro da loja. Com a informa��o sobre esse percurso, o lojista saber� quais s�o os setores mais procurados e poder� criar novas estrat�gias de venda.

Outro espa�o-modelo � um canteiro de obras de 800 metros quadrados que mostrar� solu��es sustent�veis para a constru��o civil. O visitante poder� conhecer itens para planejamento e execu��o de uma obra verde.

O tema estar� presente ainda na "rota da sustentabilidade", um circuito de estandes com produtos ou processos que atendem a 24 crit�rios ambientais determinados pelos organizadores da Feicon, como a observa��o de n�veis m�ximos de emiss�es de di�xido de carbono durante a fabrica��o dos produtos.

NEG�CIOS

Segundo Nardy, o evento tamb�m � uma boa oportunidade de neg�cios e relacionamento para varejistas, profissionais da constru��o civil, arquitetos e decoradores.

"No ano passado, os encontros de neg�cios realizados na Feicon, que envolveram 15 expositores e 34 compradores, movimentaram cerca de R$ 46 milh�es", diz.

Haver� ainda 31 horas de palestras gratuitas com representantes do mercado e acad�micos. A programa��o completa est� dispon�vel no site feicon.com.br.

COMPETI��O

Para os arquitetos, a Feicon organizar� todos os dias, das 10h �s 20h, uma competi��o ao estilo maratona.

A ideia � reunir cerca de 70 profissionais, divididos em grupos de at� tr�s pessoas, que dever�o apresentar um projeto reformulando um local escolhido pela organiza��o da feira.

MERCADO

O mercado imobili�rio de S�o Paulo foi a alavanca da retomada do setor de constru��o. De acordo com o Secovi-SP (sindicato da habita��o), a cidade registrou aumento de 48% nos lan�amentos de empreendimentos e 46% nas vendas.

Se considerado o mercado de im�veis em todo o Brasil, o crescimento foi de 9,4% nas vendas de im�veis e 5,2% nos lan�amentos, segundo a Cbic (C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o). O estoque de novas unidades teve uma redu��o de 12,3%.

"Quem impulsionou esses resultados foi a cidade de S�o Paulo", afirma Jos� Carlos Martins, presidente da Cbic. "Tivemos essa melhora ap�s tr�s anos seguidos de retra��o por conta do cen�rio pol�tico e econ�mico do pa�s. Neste ano provavelmente haver� uma recupera��o gradativa do mercado."

A expectativa da entidade � que 2018 termine com um aumento entre 5% e 10% nas vendas. Em rela��o aos lan�amentos, a estimativa � chegar perto dos n�meros do ano passado.

As construtoras tamb�m esperam bons resultados para este ano.

"O acesso ao cr�dito imobili�rio melhorou, e a confian�a do consumidor, tamb�m. As pessoas est�o aproveitando para investir em im�veis, e isso deve causar leve retomada dos pre�os", diz Alexandre Lafer Frankel, presidente da construtora Vitacon, que se especializou nos microapartamentos.

Em 2017, a empresa investiu R$ 830 milh�es em sete novos projetos. No ano anterior, o montante havia sido de R$ 300 milh�es.

J� a Trisul, focada em edif�cios de m�dio e alto padr�o nas zonas sul e oeste, espera repetir o bom resultado de 2017. "Devemos manter o mesmo movimento, mesmo num ano de elei��es estrat�gico para a economia e a pol�tica", diz Lucas Ara�jo, gerente de marketing da Trisul.

No ano passado, a empresa teve um lucro l�quido de R$ 34,9 milh�es e um acr�scimo de 59% nas vendas.

PRODUTO

A ind�stria dos materiais de constru��o tamb�m acredita em crescimento para este ano, ap�s a retra��o de 4% no faturamento em 2017.

"Nossa proje��o � que o ano termine com uma alta de 1% a 2%, e as vendas do varejo devem puxar esse resultado", afirma Rodrigo Navarro, presidente da Abramat (Associa��o Brasileira das Ind�strias dos Materiais de Constru��o).

Conforme sondagem feita pela entidade, a expectativa de vendas a curto prazo das ind�strias do setor vem melhorando desde fevereiro. No m�s passado, 25% das empresas consideraram o desempenho bom. Em mar�o, o �ndice subiu para 30%.

A Anamaco (Associa��o Nacional dos Comerciantes de Material de Constru��o), entidade que representa os empres�rios do varejo desse setor, estima um faturamento 8,5% maior neste ano em rela��o a 2017, que fechou em R$ 114,5 bilh�es.

"O Brasil tem hoje cerca de 64 milh�es de moradias. H� uma demanda natural por material para reformas que ganhou f�lego nos �ltimos anos com a queda na venda de novos empreendimentos", afirma Claudio Conz, presidente da entidade.

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