Placas de madeira para encaixe, revestimentos em pain�is de PVC e kits pr�-fabricados de hidr�ulica e el�trica est�o substituindo o cimento e o reboco e simplificando o trabalho nos canteiros de obra.
Os produtos chegam prontos de f�brica como pe�as que devem ser encaixadas na estrutura. No lugar de erguer tijolo a tijolo da parede, enfileiram-se os pain�is pr�-fabricados entre as vigas. Em vez de se fazer manualmente todo o caminho de tubos e conex�es, pe�as que j� v�m montadas s�o apenas acopladas � superf�cie.
� esta cara que a constru��o civil deve ter em um futuro n�o muito distante. "A tend�ncia � que as obras sejam mais como um sistema de montagem do que de constru��o", afirma Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, consultoria de sustentabilidade em constru��o e uma das curadoras da Feicon Batimat.
"� uma constru��o seca e industrializada, em que pain�is e pe�as pr�-fabricadas substituem o velho reboco", diz Ferreira. Segundo o consultor, esse processo encurta o tempo da constru��o, reduz a necessidade de m�o de obra, gera menos res�duos e racionaliza custos.
Uma das empresas do setor � a Decorlit, que ir� expor na Feicon suas placas ciment�cias -chapas feitas de cimento e fibras que s�o parafusadas � estrutura e dispensam os blocos e a argamassa das paredes e lajes.
"Como s�o projetos modulares, reduzem o desperd�cio a menos de 0,5%, o que chega a 20% na alvenaria tradicional", diz o gerente de inova��o da empresa, Lucas Bonfogo.
J� a Crosslam trouxe para o Brasil o chamado CLT, sigla em ingl�s para "madeira laminada cruzada". Trata-se de um painel de madeira que substitui a prepara��o de paredes e pisos com chapas prontas para encaixe.
Os pre�os dessas pe�as tendem a ser maiores que os da alvenaria tradicional. Os ganhos para quem constr�i, segundo a Crosslam, v�m com a redu��o no tempo de execu��o da obra, no uso de m�o de obra e no transporte de materiais e entulho.
Fernando de Andrade, diretor da Tecnoperfil, que tamb�m estar� presente na Feicon, destaca a limpeza e redu��o de impactos dos sistemas secos e industrializados de constru��o.
A empresa produz revestimentos e forros de PVC, usados para cobrir paredes, tetos e divis�rias, servindo como uma alternativa mais simples e barata ao acabamento em drywall, feito em gesso.
"Como s�o pain�is desmont�veis, eles facilitam a instala��o e a manuten��o. N�o tem quebradeira na parede, n�o gera entulho, n�o precisa de ca�amba na rua", afirma Andrade.
Nas contas da Tecnoperfil, tr�s metros quadrados de seus pain�is de PVC custam R$ 240, considerando material e m�o de obra. Em drywall, o valor flutua entre R$ 400 e R$ 650.
� a mesma facilidade que oferece a Astra, fabricante de kits pr�-prontos de hidr�ulica e el�trica para constru��es. Os kits re�nem em uma caixa, j� conectados, todos os itens dos quais as unidades precisar�o em tubos, conex�es, fia��es e conectores.
Ao chegarem � obra, esses kits s� precisar�o ser desempacotados e conectados �s sa�das nos pontos projetados. "Eles dispensam a habilidade do instalador l� na constru��o. Esse requisito acaba sendo trazido para dentro da ind�stria", afirma o gestor de vendas t�cnicas da Astra, Cleverson Callera.
O pre�o dos kits, feitos sob medida, tende a ser mais alto do que o dos sistemas tradicionais usados nas obras. Mas, segundo a Astra, a vantagem est� em reduzir de cinco dias para um dia o tempo de montagem da parte hidr�ulica de um pr�dio de 30 apartamentos pequenos.