Para crescer em 2018, DEM busca banho de imagem e gen�rico de Doria
Marco Ambrosio - 24.out.2016/Folhapress | ||
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O prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria, e o presidente da C�mara Rodrigo Maia em debate na capital paulista |
Quando chegou � mesa para negociar as alian�as eleitorais de 1994, o antigo PFL era uma das principais for�as pol�ticas do pa�s.
Seus mais de 80 deputados –o dobro da bancada do PSDB– o credenciavam a lan�ar um candidato pr�prio � Presid�ncia, mas as c�dulas daquele ano trouxeram em destaque o tucano Fernando Henrique Cardoso, com o apoio do partido.
Por que a sigla n�o foi a protagonista? "Simples. Porque n�o t�nhamos um nome melhor", resume o deputado Jos� Carlos Aleluia (BA), do DEM –marca assumida pelo PFL em 2007.
Com a perspectiva de chegar � pr�xima campanha com uma bancada novamente maior que a do PSDB, os principais dirigentes do DEM come�aram a sondar pol�ticos e outras personalidades que poder�o ser lan�ados pela legenda em um projeto presidencial competitivo em 2018.
O modelo de inspira��o para essa candidatura � justamente um tucano: o prefeito paulistano Jo�o Doria.
"Vamos buscar um perfil que possa expressar esse movimento de renova��o na pol�tica brasileira", descreve o ministro Mendon�a Filho (Educa��o), sem citar Doria.
Nenhum dirigente aceita falar abertamente em nomes, mas o partido enviou sinais em dire��o ao apresentador Luciano Huck e ao ex-t�cnico de v�lei Bernardinho. Empres�rios alinhados a um ide�rio de enxugamento do Estado tamb�m est�o no alvo.
N�o � toa, o pr�prio Doria –empres�rio, com larga presen�a na m�dia– recebeu o recado de que ser� bem recebido no DEM caso sua candidatura ao Pal�cio do Planalto n�o vingue no PSDB.
Em processo de refunda��o, mudan�a de nome, renova��o do programa partid�rio e expans�o de sua bancada, o DEM quer ter na manga um nome para enfrentar uma elei��o nacional marcada pelo descr�dito com a pol�tica tradicional.
Nesse contexto, parte dos dirigentes democratas considera certo um desembarque do governo Michel Temer no primeiro semestre de 2018.
Com um potencial candidato e uma bancada projetada em 50 deputados, a sigla quer chegar ao ano que vem com estatura para superar o PSDB como protagonista do campo de centro-direita.
No auge, em 1998, o PFL chegou a ter 105 deputados. Uma desidrata��o ao longo dos governos petistas quase levou � extin��o a sigla, que viu sua bancada na C�mara se reduzir a 22 nomes em 2014. Ap�s o impeachment de Dilma Rousseff, a sigla se reergueu, assumiu um minist�rio e elegeu o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (RJ).
O prefeito de Salvador, ACM Neto, � um dos principais entusiastas da candidatura pr�pria. "� cedo para fulanizar, mas buscamos o perfil de quem possa vocalizar a nova pol�tica e mostrar uma gest�o eficiente", afirma.
O presidente da sigla, Agripino Maia (RN), � mais cauteloso. Diz que a atra��o de candidatos e o lan�amento de uma chapa ao Planalto seria a consequ�ncia do processo de refunda��o do DEM.
"Queremos crescer em sintonia com a sociedade, a partir de uma formula��o program�tica moderna. Uma candidatura � algo a se discutir no futuro."
A c�pula do DEM quer definir sua nova marca, acertar a filia��o de atuais deputados e fechar um novo manifesto at� o dia 10 de setembro.
Em caso de novo batismo, os nomes favoritos s�o Mude e Frente Democr�tica.
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