De olho no Planalto, Campos endivida Pernambuco em R$ 7,5 bilh�es
Empr�stimos internacionais recordes marcam a reta final da gest�o Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco.
Nos �ltimos dias o Estado tomou cerca de R$ 2 bilh�es com o Bird (Banco Mundial) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), recursos que t�m sido usados para turbinar obras de infraestrutura e de conviv�ncia com a seca, entre outras.
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Aluisio Moreira/ SEI | ||
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Governador Eduardo Campos (PSB) visita interior de Pernambuco para anunciar obras de combate � seca |
Enquanto isso, o prov�vel rival da presidente Dilma Rousseff em 2014 tem percorrido o interior do Estado em inaugura��es e assinaturas de ordens de servi�o.
Editoria de Arte/folhapress |
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Para a oposi��o, Campos assume mais compromissos do que pode entregar e usa empr�stimos para jogar a conta para a frente --os pagamentos se estendem por at� 30 anos. Na era Campos, iniciada em 2007, o Estado j� soma R$ 7,5 bilh�es em empr�stimos em institui��es nacionais e estrangeiras. At� o final de setembro ele deve tomar mais R$ 1 bilh�o no BID.
"O governo tenta criar uma sensa��o de bem-estar para este momento provis�rio de algumas obras que est�o em andamento, mas que dificilmente ser�o conclu�das", critica o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB).
Para o governo, os empr�stimos refletem credibilidade e capacidade de gest�o. "O Estado s� pode avan�ar seus indicadores sociais se continuar investindo em sa�de, educa��o e seguran�a. E precisa continuar investindo em infraestrutura. Se n�o cresce, n�o se desenvolve", diz o secret�rio de Planejamento e Gest�o, Frederico Am�ncio.
Com discurso ancorado na inova��o na gest�o p�blica, Campos tem elevado as despesas com pessoal --s� em 2013 j� gastou mais do que em 2012--, mas sofre press�es salariais, como a dos policiais.
Vitrine da gest�o, o programa de redu��o de homic�dios contratou 2.000 policiais neste ano e contribuiu para elevar os gastos com pessoal quase ao limite de alerta. S� nos quatro primeiros meses deste ano a folha j� consumiu R$ 10 bilh�es, ante R$ 9,7 bilh�es nos 12 meses de 2012.
O governo diz se esfor�ar para controlar esses gastos. Afirma que a arrecada��o sofreu o baque da maior seca dos �ltimos 50 anos e da crise mundial. Entre as tr�s principais despesas do Estado (seguran�a, educa��o e sa�de), as duas �ltimas foram as que empregaram mais recursos.
O governo priorizou promessas da campanha de reelei��o de Campos em 2010, como constru��o de hospitais, unidades de pronto-atendimento, escolas t�cnicas e de ensino integral.
Em 2012, o crescimento do PIB pernambucano ficou em 2,3%, acima do ritmo nacional (0,9%), mas abaixo da previs�es do governo, que rondavam 4%. Mesmo com o cen�rio desfavor�vel para a economia, os gastos do governo continuam abaixo dos limites de alerta.
A aparente estabilidade contribuiu para que Campos fosse o governador mais bem avaliado do pa�s. Mas os 58% de aprova��o n�o anteciparam o an�ncio de sua candidatura, o que deixa incerto o futuro das elei��es no Estado.
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