Hist�rico da rela��o entre Obama e Trump � de ataques m�tuos
A hostilidade entre Donald Trump e Hillary Clinton parecia circunstancial. Os Clinton foram ao casamento do empres�rio, suas filhas Ivanka e Chelsea eram amigas, e Bill e Donald, parceiros de golfe.
J� a rela��o entre Barack Obama e o presidente eleito sempre foi azeda.
Jason Reed/Reuters | ||
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Em 2011, diante de Trump, Obama 'prev�' a Casa Branca do republicano, com golfe, cassino e biqu�nis |
Em 2011, Trump ainda n�o o conhecia, mas, j� com pretens�es eleitorais, decidiu atacar o democrata que ganhou ares de rockstar na campanha de 2008.
Disparou declara��es como "por que ele n�o mostra a certid�o de nascimento?" e "estou come�ando a achar que ele n�o nasceu aqui". Alimentava a tese de que o filho de queniano com americana era estrangeiro e n�o podia, pela Constitui��o, ser presidente.
A campanha alimentou teorias de que ele seria um mu�ulmano de fora. O crist�o Obama se viu obrigado a exibir o documento que prova sua origem: Honolulu, Hava�.
O troco veio dias depois, no jantar com jornalistas, na Casa Branca, em que presidentes tradicionalmente fazem piadas. Trump, que apresentava "O Aprendiz - Celebridades", era um dos convidados.
"Ningu�m est� mais interessado em deixar essa hist�ria para tr�s do que o Donald", disse Obama. "Ele finalmente pode focar temas que importam, como: 'N�s falsificamos a viagem � lua?'".
Zombou do programa de Trump -escolher entre demitir o rapper Lil Jon, o roqueiro Meatloaf ou o ator Gary Busey "� o tipo de decis�o que me manteria acordado � noite".
Trump sorria constrangido. "Aquela noite de linchamento p�blico, em vez de despachar o sr. Trump, acelerou seus esfor�os selvagens para ganhar estatura no mundo pol�tico", escreveu � �poca o "New York Times".
H� anos o empres�rio visava a Casa Branca. Em 1988, disse � apresentadora Oprah Winfrey que concorreria, e em 1999 se lan�ou pela terceira via, no Partido da Reforma.
No jantar de 2016, Obama voltou � carga, desta vez sem Trump, j� o preferido para virar candidato dos republicanos, na plateia. "Voc� tem uma sala cheia de c�meras, e ele recusa o convite. O jantar � muito cafona para ele? O que ele pode estar fazendo? Comendo seu fil� [da marca] Trump ou tuitando insultos para Angela Merkel?"
Reencontraram-se meses depois, na Casa Branca, onde trocaram um aperto de m�o, o presidente e seu sucessor.
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