Eleito presidente, Trump suaviza o tom, elogia Hillary e pede uni�o
Em seu primeiro discurso como presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump deixou de lado a ret�rica agressiva que marcou sua campanha e pediu uni�o aos americanos.
Tamb�m mudou de tom em rela��o a sua rival, a ex-secret�ria de Estado Hillary Clinton, que ligou para ele e reconheceu a derrota.
"Acabei de receber uma liga��o da secret�ria Hillary Clinton. Ela me parabenizou por nossa vit�ria e eu a parabenizei por uma campanha dura. N�s temos uma d�vida com ela por seu servi�o ao pa�s", disse Trump ao lado da fam�lia em sua festa da vit�ria, em um hotel de Nova York.
Leia aqui a �ntegra do discurso do republicano.
Do lado de fora do audit�rio, um grupo de admiradores n�o parecia ter virado a p�gina da campanha agressiva de Trump, gritando um dos bord�es mais repetidos nos com�cios do bilion�rio em defesa da pris�o de Hillary: "Tranquem-na!".
O apelo � uni�o deve encontrar grande resist�ncia de parte do p�blico americano, ap�s uma das campanhas presidenciais mais sujas e polarizadas da hist�ria dos EUA. Mais de 60% dos eleitores n�o consideram que ele tem o temperamento para ser presidente, segundo pesquisas.
Nesta quinta-feira (10) ele tem um encontro marcado com o presidente Barack Obama, que tamb�m foi alvo de seguidos ataques durante sua campanha.
"Temos que curar as feridas de nossas divis�es. � hora de nos unirmos", disse Trump, que foi criticado por ter aumentado a polariza��o no pa�s com sua ret�rica agressiva ao longo da campanha. "� hora de nos unirmos. Para os que n�o me apoiaram, e houve alguns, eu pe�o sua orienta��o e ajuda".
Primeiro presidente eleito na hist�ria dos EUA sem nenhuma experi�ncia no governo, Trump prometeu chamar "os melhores e mais brilhantes" para trabalhar a seu lado. Tamb�m suavizou o discurso voltado a outros pa�ses, que durante a campanha foi caracterizado por protecionismo e isolacionismo. E omitiu suas propostas mais pol�micas, como a constru��o de um muro na fronteira com o M�xico, a deporta��o de todos os imigrantes ilegais e a proibi��o de entrada de mu�ulmanos no pa�s.
"Vamos colocar sempre os interesses da Am�rica em primeiro lugar, mas vamos lidar de maneira justa com todos. Todas as pessoas e todas as na��es", afirmou.
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