BNDES apoia quebra de paradigma na produ��o de cana
A capacidade de produ��o de �lcool por hectare poder� dobrar em dez anos se o pa�s desenvolver variedades de cana resistentes a pragas, adaptadas a ambientes secos e plantadas com sementes geneticamente modificadas.
Consideradas inova��es "disruptivas", que mudam as regras de competi��o de um mercado, as linhas de pesquisa e desenvolvimento do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) preveem investimentos de R$ 1,2 bilh�o nos pr�ximos cinco anos e uma contribui��o � economia estimada em mais de R$ 2 trilh�es.
Projetos como o da cana transg�nica, com matura��o em longo e longu�ssimo prazos, costumam exigir subs�dio de dinheiro p�blico e bandeira branca entre antigos concorrentes, que se re�nem em torno de um objetivo comum.
No caso do CTC, que tem como s�cios 65% das usinas do Brasil, o dinheiro subsidiado vem do BNDES e de linhas oficiais de pesquisa.
"Na inova��o, os segmentos que mais precisam de dinheiro do BNDES s�o as start-ups e o financiamento de tecnologias disruptivas. � um risco muito alto que o mercado n�o quer assumir", afirma Pedro dos Passos, chefe da �rea de Capital Empreendedor do BNDES.
FINANCIAMENTO
O capital inicial veio dos s�cios: mais de 150 usinas, entre elas gigantes como Copersucar e Cosan, que se organizavam inicialmente por meio de uma Oscip (Organiza��o da Sociedade Civil de Interesse P�blico). Todos contribu�am e se beneficiavam das descobertas, que eram basicamente o desenvolvimento de novas variedades de cana.
A profissionaliza��o ocorreu com a dissolu��o da Oscip, contrata��o de cientistas e profissionais do mercado de biotecnologia e a forma��o de uma Sociedade An�nima em 2011. O atual presidente do CTC, Gustavo Leite, veio da Monsanto, multinacional da �rea de biotecnologia.
A vida financeira do CTC come�ou com a receita obtida na venda de variedades de cana. Com os contratos em m�os, a empresa conseguiu adiantar os recursos por meio da venda de receb�veis ao banco Ita�. Os receb�veis puderam ser dados como garantia para obter o primeiro empr�stimo do BNDES.
O papel do capital de risco foi assumido tamb�m pelo banco estatal, que em 2014 comprou uma participa��o de R$ 300 milh�es e se tornou s�cio do CTC. A empresa planeja entrar no Bovespa Mais, mercado de acesso da Bolsa, devendo abrir o capital em at� sete anos.
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