Uso de drones e outras inova��es melhoram produ��o agr�cola
A agricultura est� entre os setores que mais passaram por evolu��o tecnol�gica nas �ltimas d�cadas. E o Brasil foi um dos maiores beneficiados por essas inova��es, se tornando l�der de produ��o em v�rios segmentos.
Na d�cada de 1970, a produ��o de soja era de 10 milh�es de toneladas no pa�s. Atualmente, beira os 100 milh�es. O rendimento m�dio por hectare, que hoje � de 50 sacas por hectare, estava pr�ximo de 28 naquele per�odo.
H� dez anos, no entanto, n�o se tem mais evolu��o nessa produtividade –sinal de que � preciso quebrar novas fronteiras tecnol�gicas.
Ap�s ter praticamente substitu�do os trabalhadores do campo por m�quinas, a agricultura agora vive a era da automatiza��o e dos drones.
Atividades mais arriscadas, como a pulveriza��o, j� podem ser feitas por m�quinas controladas por controle remoto, enquanto os drones cumprem a fun��o de observa��o das lavouras.
Em breve, o produtor espera utilizar esses aparelhos para interven��es pontuais de controle de pragas e de doen�as, sem ter a necessidade de movimentar m�quinas pesadas para atuar em toda a �rea.
A segunda revolu��o tecnol�gica no campo j� come�ou. O passo mais importante, por�m, est� por vir: o dom�nio e a difus�o das informa��es colhidas na lavoura.
Esse passo � t�o importante que empresas antes dirigidas para a biotecnologia, como a Monsanto, se voltam tamb�m para essa �rea. Outras, com pouca afinidade at� ent�o com a agricultura, como o Google, passam a desenvolver sistemas para um melhor aproveitamento das informa��es do campo.
ERA DA INFORMA��O
Entender e aprender a utilizar os dados obtidos pelas m�quinas –de informa��es meteorol�gicas a sinais de incid�ncia de pragas e doen�as– s�o um dos desafios dos produtores nesta nova fase.
"� preciso buscar uma intelig�ncia aplicada que vise maior aproveitamento da semente utilizada, do plantio e da colheita", diz Nery Ribas, da Aprosoja (Associa��o dos Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso).
O produtor Glauber Silveira diz que � preciso o desenvolvimento de uma tecnologia de gest�o e de controle. As grandes m�quinas, equipadas com instrumentos modernos, podem ser parte da solu��o, mas ainda n�o resolvem. S�o necess�rias ferramentas que apontem para o produtor os avan�os que est�o sendo atingidos no pa�s, principalmente por regi�es.
E � a� que entra uma utiliza��o adequada das informa��es j� dispon�veis. Silveira diz que empresas de pesquisa, como a Embrapa, deveriam disponibilizar para os produtores as variedades de sementes que est�o sendo utilizadas, m�dias de produtividade por regi�o, avan�os em aduba��o e no sistema de controle de pragas.
N�o adianta uma m�quina grande se o plantio n�o for feito no per�odo certo, se n�o for utilizada a semente correta ou aplicado o fungicida apropriado, segundo ele.
Na avalia��o de Ribas, a tecnologia deve permitir que o produtor colha mais, mas com custos menores. A agricultura de precis�o, que utiliza a tecnologia para realizar com maior efici�ncia opera��es no campo, como a pulveriza��o, ainda � muito cara e, em alguns casos, traz pouca rentabilidade.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
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Estufa de biotecnologia do CTC, em Piracicaba (SP) |
"� preciso entender e aprender com ela, utilizando um manejo adequado de sistemas produtivos", diz ele.
Muitas vezes, a agricultura de precis�o � "mais uma agricultura de imprecis�o", acrescenta. Recentemente, produtores de Mato Grosso tiveram s�rios problemas com variedades de milho que prometiam combate a lagartas, o que n�o ocorreu.
O produtor, por sua vez, tamb�m tem de se adaptar �s exig�ncias das tecnologias, diz Silveira. Entre elas, ele cita as �reas de ref�gio, essenciais para manter o equil�brio das popula��es de pragas-alvo. Isso n�o vem sendo cumprido adequadamente, resultando em perda antecipada da tecnologia da semente.
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