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Schweinsteiger simboliza arrancada alem� ao t�tulo

Instantes antes de Mario G�tze marcar o gola�o que fez da Alemanha tetracampe�o mundial, no segundo tempo da prorroga��o, Schweinsteiger deixou o campo sangrando, gra�as a um soco de Ag�ero numa dividida a�rea.

Medicado � beira do gramado, o volante voltou aplaudido pela torcida. Parece ter sido a senha para o t�tulo.

Sch�rrle fez �tima jogada pela esquerda, livrou-se de dois argentinos e cruzou. G�tze, 22, matou no peito e, sem deixar a bola cair, chutou sem chance para Romero.

Quando o italiano Nicola Rizzoli apitou o fim do jogo, formou-se uma montanha humana sobre Schweinsteiger, todos em cima do jogador que os brasileiros aprenderam a admirar, como a agradec�-lo pela valentia.

A vit�ria alem� carrega consigo uma penca de s�mbolos. Pela primeira vez na hist�ria, um time europeu � campe�o nas Am�ricas.

O pa�s de Beckenbauer –e agora de Neuer, M�ller, Lahm, Kroos, Hummels, G�tze e Schweinsteiger– conquista pela primeira vez um Mundial com t�cnica e habilidade al�m da habitual efici�ncia alem�.

Todos os t�tulos anteriores, em 54, 74 e 90, estiveram associados a um jogo de for�a e pragmatismo, em finais em que o outro era ou favorito ou mais inovador.

Desta vez n�o. O campe�o foi o time que mereceu.

Foi o primeiro t�tulo alem�o ap�s a reunifica��o do pa�s, em 1990. A conquista anterior, naquele mesmo ano, ocorreu antes da oficializa��o, ocorrida em outubro.

A chanceler do pa�s, Angela Merkel, festejou com o time no vesti�rio do Maracan�.

Pela terceira Copa seguida, a final foi para prorroga��o.

A Alemanha � a primeira a conquistar por tr�s vezes a Ta�a Fifa, que a partir de 1974 substituiu a Jules Rimet como o trof�u do campe�o.

Quando o capit�o Lahm ergueu a Copa, pouco antes de Dilma Rousseff e Sepp Blatter serem vaiados –e ela xingada– por muitos dos brasileiros entre os 74.738 presentes, a festa estava completa.

Schweinsteiger, com curativo no rosto, puxou a fila na subida �s tribunas. Todos levantaram e beijaram a ta�a.

Ap�s saudarem a torcida, os campe�es fizeram uma roda em torno da ta�a e, embalados por um "�, �, �, �" vindo da arquibancada (o riff/refr�o da can��o "Seven Nation Army", da banda White Stripes, que virou hino da torcida do pa�s na Copa), dan�aram algo desengon�ados. Alguns acharam que parecia dan�a patax�, dos �ndios com quem interagiram durante sua passagem pela Bahia.

Quatro vezes eleito melhor do mundo, o argentino Messi foi escolhido o melhor da Copa. Na decis�o, esteve a maior parte do tempo apagado.

Em sua melhor chance, aos 2min do segundo tempo, foi lan�ado por Biglia, entrou sozinho e chutou rasteiro, para fora. Disse que o pr�mio n�o lhe importava nada.

O t�cnico alem�o, Joachim L�w, teve a ousadia premiada. Aos 31min do primeiro tempo, o volante Kramer, substituto de Khedira –que sentiu a panturrilha no aquecimento–, tamb�m saiu machucado. L�w p�s no lugar um meia-atacante, Sch�rrle.

Os alem�es, que eram pressionados, cresceram. Sch�rrle n�o s� fez a jogada do gol como foi uma das melhores op��es ofensivas do time.

Outra substitui��o de L�w foi G�tze no lugar de Klose, aos 43min do segundo tempo.

O veterano atacante, 36 anos e 16 gols em Copas, que neste Mundial superou Ronaldo como o maior goleador, saiu ovacionado. O jovem atacante entrou e virou her�i.

FRACASSO, SUCESSO

Os brasileiros ajudaram a engrandecer o t�tulo alem�o, ao sofrer seu maior vexame em cem anos de sele��o, a goleada no "Mineira�o".

Os sete dos alem�es naquela partida ajudaram a fazer com que a Copa igualasse o recorde de gols marcados em Copas, 171, igual a 1998.

Enquanto os brasileiros ficaram marcados pelo descontrole emocional e pelas l�grimas em campo, aos alem�es s� restou comemorar.

"Vamos festejar por pelo menos cinco semanas. Quando terminar a festa, vamos levantar sempre com um sorriso no rosto", afirmou o goleiro Neuer, que foi eleito o melhor do Mundial.

Livraria da Folha

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