Doria acumula 118 promessas e ter� de cumprir uma a cada 12 dias at� 2020
Eleito no primeiro turno das elei��es com 3,1 milh�es de votos (53% dos v�lidos), o empres�rio e jornalista Jo�o Agripino da Costa Doria Junior, 59, assume a Prefeitura de S�o Paulo neste domingo (1�) com uma bagagem pesada de compromissos assumidos em sua primeira disputa eleitoral.
Foram 118 promessas feitas em debates, sabatinas, programas eleitorais e entrevistas, segundo levantamento feito pela Folha. Para honr�-las integralmente nos pr�ximos quatro anos, o prefeito ter� que cumprir, em m�dia, uma a cada 12 dias de mandato.
Doria, 62� prefeito da maior cidade do pa�s, ter� o duplo desafio de colocar em pr�tica o gestor propagandeado nas elei��es e transformar a capital em vitrine para seu principal cabo eleitoral, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), pr�-candidato � disputa presidencial de 2018.
Alckmin � um dos convidados para a cerim�nia de transmiss�o de cargo, �s 17h, no Theatro Municipal, no centro de SP, onde Doria receber� o bast�o do atual prefeito, Fernando Haddad (PT).
Na pr�tica, restam apenas 117 promessas, j� que uma das mais pol�micas tem at� data para come�ar. Alvo de cr�ticas de especialistas, o aumento das velocidades m�ximas das marginais Tiet� e Pinheiros (para 90 km/h, 70 km/h e 60 km/h nas pistas expressa, central e local) passa a valer na manh� de 25 de janeiro, data de anivers�rio de 463 anos da cidade.
Os limites dessas vias foram rebaixados por Haddad em julho de 2015, com o objetivo de reduzir acidentes e melhorar a fluidez. Na campanha, a medida foi criticada por Doria: "Ela penaliza os motoristas", afirmou ele.
O fato � que os acidentes com mortes ca�ram pela metade desde as redu��es das velocidades, e a Marginal Tiet� completou 19 meses sem nenhum atropelamento. S�o pontos de press�o a Doria.
METAS OUSADAS
Uma das mais ousadas promessas de campanha � a de zerar a fila por vagas em creches em apenas um ano. O deficit hoje atinge 133 mil crian�as de zero a tr�s anos. Para matricular todas elas at� dezembro de 2017, Doria ter� de entregar, em m�dia, 2,6 creches por dia.
Ele tamb�m promete acabar at� o final do ano com a fila de exames (s�o 417 mil pessoas � espera), por meio de conv�nios com hospitais e cl�nicas particulares, e renovar a frota de �nibus da cidade.
O card�pio tem ainda promessas vagas e sem metas definidas. � o caso do compromisso de ampliar o n�mero de moradias sociais. Embora tenha dito que investiria no Casa Paulista, programa estadual de habita��o, Doria n�o cravou objetivos claros.
Foi assim tamb�m com escolas em tempo integral, uma promessa ainda nebulosa. "Ensino em tempo integral em todas as escolas p�blicas onde for poss�vel. Onde n�o for, vamos ampliar e construir mais escolas", prometeu, em debate na TV Gazeta.
Tamb�m n�o se sabe quantos CEUs ou abrigos para moradores de rua o prefeito construir� –os dois temas s�o promessas de campanha.
Doria diz ainda que vai "impedir a picha��o na cidade" com puni��es que, na pr�tica, dependem da pol�cia e da Justi�a, e n�o da prefeitura. "Quem for pego pichando ser� preso e vai responder criminalmente", declarou.
Picha��o pode ser enquadrada como dano ao patrim�nio ou crime ambiental, infra��es leves, que n�o s�o punidas com pris�o.
Al�m de todos esses compromissos de campanha, em abril Doria ter� de anunciar oficialmente o Plano de Metas, com objetivos claros e quantitativos para todos os setores. Isso poder� ou n�o agregar promessas de campanha.
No caso de Haddad, por exemplo, esse plano oficial tinha 123 metas, sendo que 67 (54,5% do total) foram integralmente conclu�das.
Embora prometa austeridade e redu��o de gastos, Doria ter� um gasto extra em 2017 criado por ele mesmo um dia ap�s a elei��o, quando anunciou o congelamento da tarifa de �nibus em R$ 3,80 ao longo de 2017.
O valor repassado pela prefeitura �s via��es de �nibus para cobrir a diferen�a entre o que os passageiros pagam e os custos reais dos servi�os deve passar dos R$ 3 bilh�es neste ano, ante ao menos R$ 2,5 bi de 2016.
C�MARA
Para avan�ar com as dezenas de metas e de novos projetos, Doria ter� apoio folgado na C�mara Municipal. Dos 55 vereadores, ao menos 38 deles devem integrar a base de apoio da gest�o tucana. A oposi��o, ao menos neste in�cio de mandato, ser� quase simb�lica, com 11 nomes, sendo 9 do PT e 2 do PSOL.
Entre os principais projetos que dependem de aval dos vereadores, est�o as privatiza��es de equipamentos municipais, como o Pacaembu e o aut�dromo de Interlagos, e altera��es no Plano Diretor –texto aprovado em 2014 e que orienta o modelo urban�stico na cidade nos pr�ximos anos.
Al�m disso, o futuro prefeito pretende fazer uma s�rie de parcerias p�blico-privadas, entre elas concess�es para administra��o de parques e cemit�rios da cidade.
Para os parques, j� est� em andamento o estudo de um projeto de parceria que permita a empresas a instala��o de restaurantes e cobran�a de estacionamentos. Quinze parques considerados com perfil adequado para explora��o comercial j� foram escolhidos.
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Folha usa ferramenta on-line para acompanhar 118 promessas feitas por Doria em campanha