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Gucci (Foto: Divulgação)

Gucci anuncia nova estratégia climática (Foto: Divulgação)

Desde 2018, a Gucci é carbon neutral em suas próprias operações e em toda a sua cadeia de suprimento, seguindo a hierarquia de mitigação: evitar, reduzir, restaurar e depois, como uma última medida, compensar suas emissões remanescentes de gases do efeito estufa (GEE) por meio de soluções baseadas na natureza todos os anos. Com base em sua conta anual de Lucro e Prejuízo Ambiental (EP&L), a grife reduziu suas emissões totais de GEE em 18% entre 2018 e 2019, e todas as emissões remanescentes das atividades de 2019 foram traduzidas na proteção de aproximadamente 1.195.000 hectares de florestas importantes e biodiversidade. 

Recentemente, a grife revelou a evolução de sua estratégia climática, que vai além do carbon neutral, em direção a uma abordagem baseada na natureza. O "Novo Portfólio de Soluções Climáticas Naturais" protege e restaura florestas e mangues essenciais e, ao mesmo tempo, investe na agricultura regenerativa dentro de sua cadeia de suprimentos, e mais amplamente, para compensar a natureza.

"Guiado pela ciência, o 'Novo Portfólio de Soluções Climáticas Naturais da Gucci' protege e restaura importantes ecossistemas que mitigam a mudança climática e, ao mesmo tempo, proporcionam uma biodiversidade duradoura e benefícios climáticos durante muitos anos. Nós queremos ser parte da solução para a natureza e o clima, pela integração de práticas e sistemas que transformarão a natureza de vítima do clima para promotora de mudança climática, que acabará por determinar o futuro do nosso planeta", diz Marco Bizzarri, presidente e CEO da Gucci.

Entre as ações, a marca investiu no projeto Muskitia Blue Carbon REDD+ em Honduras, com sua parceira South Pole, que protegerá quase 5.000 hectares de mangues e mais de 285.000 hectares de florestas do desflorestamento. Mangues retêm até dez vezes mais carbono do que florestas terrestres maduras; no entanto, 30-50% dos mangues do mundo já foram perdidos, e eles continuam a desaparecer a uma taxa de 2% a cada ano. Quando esses ecossistemas são danificados ou destruídos, uma enorme quantidade de dióxido de carbono é retornada à atmosfera, o que contribui com a mudança climática.

Em relação à agricultura regenerativa, a marca está trabalhando em estudos de viabilidade com a Conservation International, a South Pole e a Native para identificar e ampliar projetos dentro de suas regiões de suprimento, com a finalidade de utilizar matérias-primas regenerativas em seus produtos.

Além disso, A Gucci também está incentivando agricultores a mudar para a agricultura regenerativa por meio do ‘cultivo de carbono’. Por exemplo, financiou produtores de lã na Patagônia para permitir que eles mudassem para o pastoreio regenerativo em 1.800 hectares de pastagens, o que promoverá a saúde do solo, a qualidade da água, maior biodiversidade, melhores práticas de bem-estar animal e sequestro de carbono no longo prazo. De modo geral, está promovendo uma mudança da agricultura quimicamente intensiva que tradicionalmente produz as matérias-primas da moda para sistemas agrícolas que de fato reabastecem e fortalecem a natureza, em vez de esgotá-la.