• Livia de Bueno (@liviadebueno)
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O que o céu do momento tem a ver com o BBB21? (Foto: Mar+Vin / Acervo Vogue)

O que o céu do momento tem a ver com o BBB21? (Foto: Mar+Vin / Acervo Vogue)

A astrologia é um estudo que ajuda a compreender a complexidade da sociedade e das nossas emoções. Com o entendimento de que somos o todo, usamos o céu como leitura de um reflexo de nós mesmos.

Estamos agora com uma imensa oportunidade de entender um comportamento profundo da nossa sociedade com a nova edição do maior reality brasileiro, o Big Brother Brasil.
Quem diria? Mas o convite aqui é olhar além da perspectiva das intrigas e dramas dos participantes do programa, trazendo a visão e questionamento para própria vida.

Pela lente da astrologia, gostaria de propor um olhar cirúrgico sobre o perigo da falta de coragem em si mesmo e nas próprias sensações, cedendo as ideias do grupo. Muito se falou sobre a Era de Aquário no final do ano passado. Potencialmente, por um olhar positivo e otimista, o que considero bastante válido. Mas todo signo tem sua luz e sombra e agora precisamos falar da sombra de Aquário.

Atenção, esqueça julgamentos pautados em bom ou ruim, certo ou errado. A intenção é enxergar através da falta e potência.

Importante lembrar também, que estamos em uma fase de transição. Ainda não estamos definitivamente na Era de Aquário, mas a energia deste signo está sim cada vez mais em evidência com planetas que são códigos geracionais caminhando para Aquário. É natural nesta fase de transição de Eras enxergarmos mais claramente os problemas porque estamos cada vez mais tomando consciência. Natural o pêndulo ir para o extremo para depois se ajustar. Natural parecer que tudo está do avesso. Principalmente agora, que a energia disruptiva, política e problematizadora de Aquário está em pauta no céu e nas nossas vidas.

Em potência luminosa, essa energia de Aquario cuida da comunidade querendo trazer o novo com equidade. Em sombra, pode fazer se perder na voz do grupo com a necessidade de pertencimento. Pode, porque lhe falta o que está exacerbado no seu signo oposto, Leão.

Esse é o ponto principal do questionamento pessoal que gostaria de trazer aqui: compreender o eixo Aquário-Leão, onde a autenticidade se faz muito importante para ajudar o coletivo de forma saudável. É essencial saber quem somos para não nos perder seguindo as ideias de alguém.

O efeito manada é uma das maiores sombras nessa transição para Era de Aquário.
Perceba na sua vida quando, inconscientemente, você dá voz às causas, hashtags e compartilha posts sem ter a real certeza dos fatos, apenas porque a maioria está fazendo. É possível se confundir e achar que está do “lado certo”, assim como, de forma impressionante, a imensa maioria dos participantes do programa desta edição. Como em uma experiência de laboratório, estamos assistindo o efeito manada e a falta de coragem em ser voz dissonante no grupo.

Para nós, que estamos vendo de fora, está muito claro e angustiante, mas quem está dentro e tem essa potência leonina em falta ou distorcida, não consegue perceber, fica cego. Digo potência leonina, porque em luminosidade, Leão sabe que é especial e é corajoso; em sombra, tem o ego machucado. Essas são as partes carentes que buscam aprovação do grupo e acabam perdendo a espontaneidade e autenticidade.

Tudo isso é muito curioso, porque quem está no grupo fazendo coro, acredita que a bandeira levantada é a da justiça. Mas em essência e sem consciência está fazendo exatamente o oposto. Por isso, é tão importante potencializar nossa energia luminosa neste momento de transição que vivemos.

O chamado aqui não é para ser do contra, o que também está na sombra de Aquário, e sim saber conectar com o coração, ou seja, com as suas sensações para saber escolher o que endossar. Confie no que você sente e desconfie das certezas da sua mente que podem mirar em querer uma validação e aplausos momentâneos. O preço é alto ao seguir ideias que não estão em ressonância com a essência. Ao despertar, você pode estar bem longe da própria verdade.

Se conhecer é fundamental para não se perder em referências e vozes do ego querendo pertencer em multidões difusas.