Universidades particulares chegam ao topo em psicologia, administração e direito no RUF

Publicidade

Elas t�m tamanhos diferentes, perfis diferentes e origens diferentes, mas citam um mesmo fator essencial para chegar ao topo: aliar a teoria ensinada nas salas de aula � vida real.

� o que t�m feito institui��es privadas de ensino superior que oferecem alguns dos melhores cursos de gradua��o do pa�s, segundo o RUF.

Em alguns casos, as escolas particulares est�o � frente at� de federais ou estaduais de excel�ncia.

"Estamos cada vez mais incentivando os professores a implementar atividades de simula��o de problemas que os alunos encontram na pr�tica, em institui��es reais", destaca Paulo Pereira, assessor da pr�-reitoria de gradua��o da PUC-SP (Pontif�cia Universidade Cat�lica).

A universidade est� entre as dez mais bem avaliadas em cursos como psicologia (melhor at� que a USP ), direito, administra��o e propaganda e marketing.

"Na psicologia, temos a cl�nica, que � uma extens�o da universidade onde os alunos podem estagiar", diz Pereira.

A cada 10 institui��es de ensino superior no pa�s, 9 s�o particulares. S�o 2.152 entidades, que det�m 75% dos alunos de gradua��o, segundo o Censo da Educa��o Superior 2017, divulgado recentemente pelo Minist�rio da Educa��o.

Na Mackenzie, que � a segunda melhor privada em engenharia civil e tamb�m se destaca em administra��o e marketing, o chamado "projeto integrador" � realizado pelos alunos a cada semestre. Ele � obrigat�rio nas licenciaturas e volunt�rio nos demais cursos.

"� o momento em que eles articulam e aplicam os conte�dos que estudaram. No direito, eles discutem casos reais, se colocando como advogados, ju�zes etc.", afirma Marili Vieira, pr�-reitora de gradua��o da universidade.

Outra institui��o que tem o elo entre teoria e pr�tica como base � a faculdade do Hospital Israelita Albert Einstein. Com apenas 270 alunos e uma rela��o de 82 candidatos por vaga (a m�dia geral � de 2), ela est� entre as dez melhores privadas em enfermagem.

O aluno j� come�a o est�gio obrigatoriamente no segundo semestre, em hospitais e unidades b�sicas de sa�de ligadas � rede. Tem ainda a possibilidade de fazer monitoria � tarde, com desconto de metade da mensalidade, ou est�gio extracurricular, com remunera��o de R$ 1.800 -o mesmo valor do curso.

Durante as aulas, um Centro de Simula��o Real�stica coloca os estudantes frente a frente com atores e bonecos, em espa�os que imitam o hospital. Ali, eles treinam tanto procedimentos t�cnicos quanto comportamentos, como a abordagem do paciente.

"O centro j� tem mais de uma d�cada, mas nos �ltimos anos temos usado com mais frequ�ncia, porque percebemos que o desempenho melhora", afirma Andrea Mohallem, coordenadora do curso. Cerca de 75% dos formados s�o contratados pelo hospital.

As institui��es que se destacam t�m buscado alinhar suas estruturas f�sicas a um outro item que consideram fundamental para atingir a excel�ncia: as metodologias ativas de ensino, que colocam os estudantes como principais agentes do aprendizado, e n�o como ouvintes passivos.

Carteiras m�veis que se encaixam, lousas digitais com acesso � internet e espa�os l�dicos com almofadas s�o algumas ideias.

Nas escolas de administra��o da FGV em S�o Paulo e no Rio (Eaesp e Ebape), cada sala tem um formato adequado ao tipo de aula. Ambas est�o no topo do ranking do curso.

"Nas salas para estudos de caso, fica uma pessoa no centro e o resto em volta, num n�vel mais alto. As pessoas veem umas �s outras", diz Tales Andreassi, vice-diretor da Eaesp.

Uma forte marca da FGV nos �ltimos anos tem sido a internacionaliza��o, tamb�m citada como fator essencial para melhorar a qualidade do ensino. Na Ebape, no Rio, muitas aulas s�o em ingl�s, h� parcerias com mais de 60 escolas estrangeiras para interc�mbios e 33 dos 63 docentes j� lecionaram em outros pa�ses.

"Houve uma reciclagem dos professores, o que � mais f�cil de fazer numa institui��o privada do que em uma p�blica", diz Eduardo Andrade, vice-diretor da Ebape.

As duas escolas, com mensalidades acima de R$ 4.000, t�m exig�ncias r�gidas quanto ao rendimento dos funcion�rios. "Seja uma publica��o numa revista cient�fica seja numa reportagem, o professor tem que produzir conhecimento, n�o pode ser simplesmente um reprodutor do que est�o falando por a�", afirma Andreassi, da Eaesp.

A forma��o continuada dos professores � outra preocupa��o. "Algo que d� resultado s�o professores da casa que se destacam em alguma metodologia e a compartilham com os outros em oficinas", afirma Marili Vieira, da Mackenzie.

Publicidade