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Gizelly Bicalho  (Foto: Reprodução/ Instagram/ )

Gizelly Bicalho (Foto: Reprodução/ Instagram/ )

A ex-participante do BBB20 Gizelly Bicalho criou um curso para mulheres e homens que queiram aprender um pouco mais sobre o empoderamento feminino. Advogada criminal, a ex-BBB se uniu às irmãs amigas e também advogadas Izabella e Bruna Borges para montar o Empoderando Mulheres. Em conversa com Quem, as três explicaram melhor o projeto, que estará disponível a partir desta segunda-feira (30), na live de lançamento no Instagram de Gizelly, às 21h.

"Essa ideia de ajudar outras mulheres começou quando nos conhecemos, em 2020, e sempre tivemos o sonho do curso. Fizemos um intensivão em São Paulo de cinco semanas para lançar agora no mês de agosto, quando a Lei Maria da Penha completa 15 anos. A pauta de empoderamento feminino é fundamental. A violência contra a mulher não escolhe classe social, cor ou crédulo. O machismo no ambiente de trabalho também não. Estou cansada de receber relatos de mulheres que ganham menos que homens no mesmo cargo ou não conseguem emprego só por terem útero e podem engravidar. Temos que acabar com patriarcado", justifica Gizelly.

Gizelly Bicalho (Foto: Reprodução/ Instagram)

Gizelly Bicalho (Foto: Reprodução/ Instagram)

"A gente criou o Sentinelas, que é outro projeto, é um perfil nas redes sociais que falamos de saúde da mulher, violência contra mulher, e o empoderamento por meio do conhecimento. Aí tivemos a ideia de ampliar e criar o curso com olhar mais integral. A gente faz uma análise histórica sobre esse fenômeno. A aula inicial, a gente vai trabalhar de como a gente veio do momento paleolítico de culto às deusas até a caça às bruxas na idade média e como ainda esse pensamento de milênios de julgar a mulher perdura até hoje", completa Izabella.

Com 11 módulos, o curso possui participações e convidados especiais para falar sobre diferentes assuntos, como por exemplo, Camila Torres, advogada, que trará profunda abordagem sobre o feminismo negro; Tamara Brockhausen, psicóloga forense e psicanalista, para alertar sobre o ciclo de um relacionamento abusivo e a Milena Sapienza, Delegada de Polícia da Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, que contará sobre como proceder com o atendimento a uma mulher em situação de violência e opressão.

Gizelly Bicalho entre Bruna e Izabella Borges (Foto: Reprodução/ Instagram)

Gizelly Bicalho entre Bruna e Izabella Borges (Foto: Reprodução/ Instagram)

"Existem diferentes grupos de feminismo, de acordo com as peculiaridades de cada uma daquelas mulheres. A mulheres negras periféricas pertencem a um grupo mais vulnerável a esse tipo de violência e, muitas vezes, são até mais descreditadas, pela pele negra ser mais díficil de reconhecer hematomas e o crédulo popular horrível que diz que a mulher negra é mais forte e suporta mais a dor. Por isso, incluímos diferentes perfis de mulheres no grupo", explica Izabella.

Feminismo no BBB20
A ex-sister elogia a seleção feita para sua edição no reality show da Globo, que contou com nomes fortes como Marcela Mc Gowan, Manu Gavassi, Rafa Kalimann, Thelma Assis e Bianca Andrade. "Que bom que o Boninho fez uma edição com mulheres fortes que acreditavam nas mesmas coisas, independentemente das suas diferenças. Nós nos juntamos para lutar contra aquela coisa horrorosa de querer destruir casamento e namoro por conta de um milhão e meio de reais. Acho que tem coisas na vida que a gente consegue comprar, mas caráter, não. O BBB trouxe isso para as pessoas", compara.

Gizelly acredita que está acontecendo uma mudança comportamental no mercado de influenciadores digitais. "Não há mais espaço para influencers que não debatem e colaborem com pautas sociais. Se você tem milhões de seguidores e não fala sobre temas importantes e sérios, está errado. Muitas pessoas se informam somente pelas redes sociais hoje em dia. Então, é importante você levar conteúdo e conhecimento também e é isso que busco fazer em minhas redes e agora de maneira mais completa neste curso", conclui.