• Marina Caruso
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"EU E MEU PAI NÃO NOS FALAMOS. NEM SEI SE ELE ESTÁ VIVO." (Foto: Nicole Heiniger (SD MGMT) / Edição de moda: Larissa Lucchese)

Uma das atrizes que aderiu à campanha #askhermore, uma provocação aos jornalistas que se limitam a perguntar às estrelas do tapete vermelho que grife vestem, Diane Kruger garante ser feminista convicta. A razão, segundo ela, foi a própria história de vida, marcada pela absoluta ausência paterna.

A mãe da atriz, a bancária aposentada Maria Thereza, diante do alcoolismo do marido Hans, saiu de casa com duas crianças – ela tinha 13 anos e o caçula, Stefan, 11 – decidida a bancar a família, apesar do orçamento apertado. “Não tive uma infância miserável. Mas éramos de classe média baixa e o dinheiro era pouco. Por isso, quando comecei a trabalhar como modelo, ajudava minha mãe.

Isso foi em 1994, quando Diane, com a interrupção precoce da carreira de bailarina por causa de uma lesão no joelho, viu na moda uma maneira de viajar o mundo e romper de vez com o pai. “Nunca mais nos falamos. Não sei nem se ele está vivo”, diz, encerrando o assunto.

A relação abusiva do pai com a bebida fez com que a atriz nunca quisesse saber de drogas e só experimentasse álcool aos 21 anos. “Era a careta da turma. Sempre fui muito rígida comigo mesma”, afirma. Outra consequência foi a dificuldade de estabelecer uma relação bacana com os homens. “Depois de muita terapia, percebi que puni vários namorados sem necessidade, por causa da ausência da figura paterna em minha vida. Namorei homens mais velhos para tentar suprir essa carência”, disse à Marie Claire inglesa em 2013.

 
Mas o amor, quem diria, Diane encontrou em um homem um ano mais novo, o ator Joshua Jackson, o eterno Pacey de Dawson’s Creek. “Ele é parecido comigo. Veio de uma família simples e dá valor à coisa mais sagrada na vida de um ator: o tempo livre”, afirma.

Os dois querem “muito, muito ter filhos”, e para isso constroem uma casa em Los Angeles. “Desde que começamos a namorar [há oito anos], estamos na ponte LA-Paris, onde considero ser mesmo o meu lar”, diz. “Ficamos no máximo duas semanas longe. Vou muito para lá e ele adora Paris”, diz a atriz, que tem um apartamento em Saint-Germain-des-Près, ao lado do de Karl Lagerfeld.

A matéria completa você lê em Marie Claire de abril, que chega às bancas na próxima semana.