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 (Foto: Pixabay)

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Um novo artigo publicado por dois cientistas de Harvard argumenta que um objeto interestelar atingiu a Terra em 2014, entrando na atmosfera na região da Papua-Nova Guiné. O estudo desbanca a teoria de que a primeira detecção de um asteroide de fora do Sistema Solar tenha ocorrido em 2017, com o 'Oumuamua.

Embora 'Oumuamua seja um objeto grande e tenha sido detectado muito longe da Terra, a equipe por trás da hipótese diz que "imigrantes interestelares" muito menores podem ser bem mais comuns e, potencialmente, existir muito mais perto da Terra.

"Em vez de olhar para o espaço, e dado o fato de que deveria haver uma abundância maior de objetos interestelares menores que 'Oumuamua, pensamos 'Por que não procurar localmente e encontrar esses objetos interestelares menores ao colidirem com a atmosfera da Terra?'", contou o astrônomo Amir Siraj à Newsweek.

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Foi assim que os especialistas resolveram estudar dados antigos novamente, e descobriram informações sobre um meteorito de aproximadamente um metro de diâmetro que atingiu a Terra em 2014. Ambos calcularam a trajetória orbital do meteoro com base em sua velocidade, e seus números sugeriram que o objeto não estava orbitalmente ligado ao Sol.

Para que isso seja possível, sugerem os pesquisadores, o objeto teve que se originar em algum outro lugar, muito além do Sistema Solar. Por seus cálculos, a velocidade do meteoro "implica uma possível origem do interior profundo de um sistema planetário ou de uma estrela no disco espesso da Via Láctea".

A publicação dividiu a comunidade cientifica. Enquanto alguns astrônomos dizem que não se pode basear apenas nas medições da velocidade de um evento, outros acham o método empírico utilizado bem plausível. "Acho razoável concluir que esse impactor de alta velocidade veio da população de objetos interestelares", afirmou o o astrofísico teórico Kat Volk, que não esteve envolvido no estudo, à National Geographic.

De acordo com os cálculos os astrônomos que publicaram o artigo, eventos como o que descobriram já devem ter ocorrido inúmeras vezes na história da Terra.

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