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Antes de revelar as razões das dores crônicas que sentia, Lady Gaga já postava sobre as tratamentos que fazia para aliviar o desconforto físico, como o banho de sauna infravermelho  (Foto: Reprodução)

Antes de revelar as razões das dores crônicas que sentia, Lady Gaga já postava sobre os tratamentos que fazia para aliviar o desconforto físico, como o banho de sauna infravermelho (Foto: Reprodução)

Imagine sentir o corpo todo dolorido durante dias e não saber a causa. Analgésicos e anti-inflamatórios não fazem efeito e a pessoa precisa aprender a conviver com um cansaço sem fim, que pode causar desde falta de sono à depressão e ansiedade.

É o que acontece com os pacientes da fibromialgia, como a cantora Lady Gaga, que revelou sua condição no documentário Gaga: Five Foot Two, disponível na Netflix. 

Não à toa, a popstar se queixou de dores ao cancelar sua apresentação no Rock in Rio de 2017. "Eu faria qualquer coisa por vocês, mas eu tenho que cuidar do meu corpo agora', escreveu Gaga, no Twitter. 

No passado, apesar dos vários exames, os médicos não conseguiam identificar a causa das dores relatadas. Nenhuma lesão muscular ou inflamação era detectada, o que fazia os pacientes considerarem a dor como imaginária.  

Segundo a Sociedade Brasileira Para Estudo da Dor, pesquisadores acreditam que a síndrome seja causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor. Uma pressão de até quatro quilos pode ser normal para qualquer pessoa, por exemplo, mas isso já seria mais do que suficiente para desencadear sofrimento físico em que tem fibromialgia.

A dor causada pela síndrome é diferente daquela causada por um corte ou uma topada com a quina da mesa — conhecida como dor aguda: uma reação fisiológica, que faz a pessoa suar e gritar, por exemplo. Isso porque a fibromialgia causa dor crônica. Ou seja, a pessoa passa a aprender a conviver com a dor.     

Segundo o National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases, entre 80% e 90% das pessoas com fibromialgia são mulheres.

"O machismo enraizado em nossa cultura mostrou-se muito eficiente para transformar um fato científico em uma característica inerente ao gênero. Se as pacientes são mulheres, provavelmente a dor é psicológica, frescura, drama, sintoma de TPM (Tensão Pré-Menstrual) etc. E assim, gerações de mulheres passaram a vida resignadas, com dor e outros sintomas", afirma o verbete sobre a síndrome no site do Dr. Drauzio Varella

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