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irmaos (Foto: Raoni Maddalena/Editora Globo)

PARA PREVENIR

* As ações ensinam mais do que as palavras, então, dê o exemplo. A maneira como os pais lidam com os conflitos em casa, no trabalho ou no trânsito servirá de modelo aos filhos.
* É muito importante reforçar, valorizar e elogiar os momentos em que há paz e acordo. Mas não se engane com a ausência de brigas. Ela pode significar que uma das partes está insegura e acuada.
* As disputas são uma excelente oportunidade de trabalhar com as crianças valores de justiça e moral. Aliás, pode ser mais fácil entender esses conceitos a partir de uma briga do que em momentos mais pacíficos.

NA HORA DA BRIGA

* Em situações simples, como pequenas discussões, procure não interferir, observando os argumentos e o modo de expressar o pensamento de cada um dos filhos. Permita que eles tentem resolver a questão sozinhos.
* Promova autonomia, mas não fique alheio ao embate. É preciso monitorar, mesmo que a distância.
* Caso julgue que é necessário interferir, tente provocar uma reflexão, questionando o motivo inicial e expondo a razão de ambas as partes.
* Se a diferença de idade ou de tamanho for grande, fique atento aos excessos por parte do mais velho ou ao protecionismo pelo menor.
* Senso de justiça não é sinônimo de igualdade. Cada criança temcaracterísticas, ritmos e necessidades próprias, e os pais devem agir de acordo com elas.
* Não há nada de errado em tomar partido quando entender que um dos filhos está errado. Mas isso deve ser feito combase em princípios claros, justos e compartilhados com todos os envolvidos.

QUANDO ELES PASSAM DOS LIMITES

* As crianças têm uma limitação no controle da frustração, por isso, partir para a violência física não é anormal. Interfira imediatamente – sem agredir ninguém, claro. É necessário explicar veementemente que não serão aceitas trocas de agressões.
* Atue como um juiz: ouça todos os lados e, então, avalie a melhor forma de resolver o conflito.
* De acordo com a gravidade do atrito, talvez funcione privá-los de alguma atividade de lazer. Ou, ainda, quando os ânimos acalmarem, colocar as partes envolvidas na briga para conversarem, reconhecerem o erro e se comprometerem a rever sua conduta.

Fonte: Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo; e Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia