Comportamento
Criança também sofre de ansiedade
E muitas vezes absorvem o comportamento ansioso dos pais
2 min de leitura![Criança deitada pensativa (Foto: Shutterstock)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/tr7-0hBMcFt1x0Swk9l8nj_z-Zvf9ySwMKIaoCxQBtRb1VoI9b-apaRDc6BdhAar/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2013/02/08/83.jpg)
Você é ansioso? Saiba que as crianças também apresentam sinais do distúrbio quando algo as incomoda. A ansiedade está muito associada ao tempo: é quando a projeção mental no futuro é mais forte do que no presente. A questão ambiental, como o convívio em casa com a família, exerce uma função importante no comportamento da criança. Os recém-nascidos já podem aprender e desenvolver alterações de ansiedade por influência da mãe. Até os 7 anos, a criança está em um nível de desenvolvimento primitivo, e a família é o alicerce para os seus valores. Se no dia a dia ela presencia brigas dos pais, preocupação excessiva deles com trabalho, por exemplo, é provável que fique insegura e ansiosa também.
A criança ansiosa não se concentra no momento atual. Ela tem medo de tudo e dificuldades em passar as etapas do seu desenvolvimento, como largar as fraldas ou a chupeta. Em idade escolar, o desempenho nos estudos pode ser prejudicado, por não conseguir acompanhar as explicações do professor. Quando está brincando, ela pode atropelar a colega. Se o jogo é de tabuleiro, por exemplo, quer jogar a todo o momento e não sabe esperar sua vez. É claro que, se o seu filho está em época de provas, esperando por uma viagem ou festa de aniversário, ele vai ficar ansioso, mas são situações que não trarão danos para a sua vida. Vale o bom senso dos pais para observar a criança. O problema é quando o sono, a alimentação, o desenvolvimento educacional e social da criança são afetados.
Como os pais podem ajudar os filhos em momentos de ansiedade
- Ensine seu filho a respirar bem devagar, para que ele se acalme;
- Ao contar uma história, se perceber que ele está disperso, chame-o com carinho e o envolva novamente no enredo;
- Converse com seu filho. Se perceber uma mudança no comportamento, ajude-o a se expressar, a nomear o que está sentindo;
- Ofereça saídas práticas. Se estiver muito ansioso por causa de um evento, ajude-o a se distrair, sem fazer comentários sobre seu comportamento. Se estiver comendo muito rápido, peça que acompanhe o seu ritmo;
- Proponha atividades físicas. Elas relaxam e colocam a criança no presente.
- Se perceber que a rotina e o desenvolvimento da criança estão prejudicados por conta da ansiedade, procure ajuda de um profissional.
Fonte: Rita Calegari, psicóloga infantil