• Wladimir Taborda
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Gravidez sem dúvidas (Foto: Thinkstock)

Durante a gravidez, o ponto de equilíbrio do corpo é deslocado para a frente. Por isso, é normal sentir dificuldade de fazer certos movimentos (Foto: Thinkstock)

P: Estou grávida e com o pescoço travado. Fui ao quiroprata, mas não melhorou. O que posso fazer?
Lubna Patrícia Abdallah, São Paulo (SP)

R: Durante a gravidez, o aumento do abdômen desloca o ponto de equilíbrio do corpo para a frente, o que é compensado pela contratura da musculatura das costas, lombar e cervical. Isso pode causar dor e dificuldade de movimentos. Procure sentar em cadeiras com apoio para as costas, comos joelhos um pouco mais elevados que o quadril. Durma de lado, em um colchão firme, com um travesseiro entre as pernas e outro embaixo do abdômen para apoiar as costas. Aplique compressas quentes nas áreas doloridas. Uma massagem suave também pode surtir efeito.

P: Por que o exame para estreptococo B deve ser feito entre a 35ª e a 37ª semana da gravidez? E, se der positivo, por que os médicos administram o antibiótico só na hora do parto? O que fazer se a mulher for alérgica a penicilina ou ampicilina?
Juliane Rittes Oenning Caldas, de Joinville (SC)

R: O estreptococo B costuma ser um colonizador habitual do trato gastrointestinal e da flora vaginal de até 30% das gestantes.O importante é não haver infecção materna no momento do parto, para evitar a transmissão para o bebê. Não existe vantagem em tratar antes da 35ª semana porque ele pode voltar. Por isso os médicos solicitam o exame mais próximo da data do nascimento e utilizam antibióticos no dia do parto. No caso de pacientes alérgicas a penicilina, deve-se usar eritromicina ou clindamicina.

P: Sou casada, tenho 37 anos e sou mãe de duas meninas (uma de 10 e outra de 3). Não quero engravidar de novo. Qual dos métodos contraceptivos é o mais eficaz?
Patrícia Mori Neres, de Guarulhos (SP)

R: Ligadura tubária, DIU ou implante hormonal e pílula, nessa ordem. A ligadura tubária é definitiva e exige procedimento cirúrgico. O DIU e o implante hormonal são métodos de longo prazo – o DIU hormonal é eficaz durante cinco anos, o de cobre, por dez anos, e o implante hormonal permanece ativo por três anos. Mulheres que usam pílula, adesivo contraceptivo ou anel vaginal podem ter uma probabilidade 20 vezes maior de ficarem grávidas do que as que usam o dispositivo intrauterino ou outros métodos de longa duração. De qualquer forma, a escolha deve ser feita sob orientação do ginecologista.

Wladimir Taborda (Foto: Crescer)

WLADIMIR TABORDA é ginecologista, obstetra (CRM 54456) e doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo. É autor de A Bíblia da Gravidez e todo mês tira suas dúvidas sobre gestação. E-mail: w.taborda.colunista@edglobo.com.br

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