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Instagram libera fotos de amamentação (Foto: Thinkstock)

(Foto: Thinkstock)

Quem está grávida ou deu à luz há pouco tempo sabe a importância da amamentação. Por ser um alimento completo, o leite materno contém todos os nutrientes e sais minerais que o bebê precisa até os seis meses de idade. Por essa razão, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês sejam amamentados exclusivamente até o primeiro semestre de vida e de maneira complementar até os 2 anos de idade.  Além de estimular o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, o alimento também é rico em anticorpos que protegem a criança contra infecções e alergias. E a cada dia são descobertos novos benefícios da amamentação. Conheça três das mais recentes:

Proteção contra o diabetes tipo 2

O diabetes gestacional é uma grande preocupação durante a gravidez e pode trazer graves consequências para a mãe e o bebê. E o problema não acaba no parto. Além dos perigos causados ao longo da gestação, a doença também é fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Uma em cada duas mulheres que tiveram diabetes enquanto esperava um bebê vai desenvolver a doença nos dez anos seguintes ao nascimento. Mas pesquisas recentes mostram que a criançã pode ajudar a mãe a ficar longe da doença, por meio da amamentação.

Pesquisadores da Alemanha avaliaram cerca de 200 mães que tiveram diabetes gestacional. Em média, as mulheres tinham dado à luz três anos e meio antes do estudo. O resultado das análises de sangue mostrou que havia diferenças metabólicas entre as mães que amamentaram por mais de três meses e aquelas que amamentaram por um período inferior a esse e que a incidência de diabetes tipo 2 entre os grupos era diferente.

Eles concluíram que o aleitamento por mais de três meses modifica o metabolismo materno e previne o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em 40% dos casos. O mecanismo dessa proteção ainda não está bem estabelecido, mas no plasma das mães que amamentaram por mais tempo estavam presentes substâncias que já são conhecidas por prevenir a doença.

Leite materno poderia salvar 800 mil vidas por ano

A amamentação é fundamental nos primeiros seis meses e é ainda mais importante nas primeiras horas de vida do bebê. Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), metade dos bebês não recebe leite materno logo após o nascimento. Isso é prejudicial para a saúde do recém-nascido, pois ele deixa de receber nutrientes, anticorpos e contato com a pele da mãe que são essenciais para protegê-lo das doenças e da morte prematura.

De acordo com a Unicef: “Quanto mais se atrasa o início da amamentação, maior é o risco de morte no primeiro mês de vida. Atrasar o aleitamento materno entre 2 e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-lo por 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%.” Segundo a instituição, se todos os bebês fossem alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses mais de 800 mil vidas seriam salvas por ano no mundo. Mas somente 43% dos bebês com menos de seis meses são amamentados de maneira exclusiva.

Mais leite, mais inteligência

No caso dos bebês prematuros, que exigem ainda mais cuidados, a amamentação nos primeiros dias de vida é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do sistema nervoso. Uma pesquisa realizada pelo Hospital Brigham, nos Estados Unidos, acompanhou 180 bebês prematuros desde o nascimento até a idade de sete anos e descobriu que aqueles que receberam mais leite materno durante os primeiros 28 dias de vida tiveram melhor desenvolvimento neurocognitivo.

Os resultados mostram que, aos 7 anos, os bebês que receberam leite materno por mais tempo durante o período em que ficaram hospitalizados, logo depois de nascer, apresentavam maior volume cerebral, em uma das áreas mais importantes para o processamento e transmissão de sinais neurais. Além disso, eles tiveram melhor desempenho em testes que medem o Quociente de Inteligência, em testes de matemática, memória e também apresentaram melhor função motora.

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