Deputado réu no STF pelo assassinato da vereadora do PSOL é alvo de pedido de cassação na Casa
O delegado Rivaldo Barbosa foi chefe de Polícia Civil durante as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, de março a dezembro de 2018. Foi Rivaldo quem deu o aval para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, e para o deputado federal Chiquinho Brazão de que o crime ficaria impune, segundo delegação de Ronnie Lessa, assassino confesso da parlamentar.
Foi Rivaldo quem levou ao titular a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, o encarregado do caso. Rivaldo também teria atrapalhado as investigações. Segundo a polícia, Erika Andrade, sua esposa, atuaria como "testa de ferro" nas "empresas de fachada" criadas pelo delegado para lavar o dinheiro adquirido de maneira ilícita ao longo dos anos.
Antes de ser chefe de Polícia Civil, Rivaldo foi subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança, durante um período quando o secretário de Segurança era o delegado da Polícia Federal José Mariano Beltrame, na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Em seguida, Rivaldo ocupou os cargos de titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios. Ele foi nomeado para ocupar o cargo pelo então ministro Walter Braga Neto.
Atualmente, ele se encontra à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais, que cuida da operação com rádios da corporação, algo praticamente em desuso. Rivaldo foi preso em casa, num condomínio em Jacarepaguá.