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    opera��o zelotes

    Filho de Lula afirma n�o ter arquivo digital de relat�rios

    GABRIEL MASCARENHAS
    RUBENS VALENTE
    DE BRAS�LIA

    30/01/2016 02h00

    Reprodu��o/TV UOL
    Luis Claudio Lula da Silva (filho e Lula) Reproducao TV UOL ***DIREITOS RESERVADOS. N�O PUBLICAR SEM AUTORIZA��O DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Luis Cl�udio, filho do ex-presidente Lula

    O filho do ex-presidente Lula que est� sob investiga��o da Opera��o Zelotes informou � Pol�cia Federal que n�o possui nenhum arquivo digital dos relat�rios que, segundo ele, justificaram o recebimento de R$ 2,5 milh�es do lobista Mauro Marcondes entre 2014 e 2015.

    Os arquivos de computador originais dos documentos foram requisitados aos advogados de Lu�s Cl�udio Lula da Silva, dono da microempresa LFT Marketing Esportivo, desde novembro pelo delegado da PF que conduz a Zelotes, Marlon Cajado.

    Os advogados entregaram at� o momento, segundo a PF, os relat�rios impressos, organizados como apostilas, e um arquivo em PDF com os mesmos pap�is escaneados.

    A inexist�ncia do material digital dever� impedir uma per�cia t�cnica da PF que poderia dizer se os relat�rios foram produzidos antes ou depois da deflagra��o da opera��o, em mar�o de 2015.

    O delegado respondeu por of�cio que n�o havia pedido, em comunica��o aos advogados, o material impresso ou escaneado, mas "sim o arquivo que lastreou o documento antes de ele ser impresso". Ele reiterou que queria acesso aos arquivos digitais criados "antes da impress�o".

    O advogado de Lu�s Cl�udio, Cristiano Zanin Martins, afirmou em of�cio entregue � PF no �ltimo dia 12 que ele e seu cliente "n�o possuem, para promover a entrega" � PF, os arquivos solicitados.

    No of�cio, o advogado argumentou que em novembro entregou "espontaneamente" � PF a "c�pia dos contratos e relat�rios de servi�os prestados", assim como "notas fiscais relativas � presta��o dos servi�os".

    Foram quatro os relat�rios entregues � PF pela defesa de Lu�s Cl�udio. Eles s�o intitulados "An�lise do esporte como fator de motiva��o e integra��o nas empresas", de 89 p�ginas, "Estudo publicit�rio visando patroc�nio nas �reas constru�das para a Copa de 2014", com 115 p�ginas, "Impacto da Copa do Mundo no desempenho das empresas patrocinadoras", de 173 p�ginas, e "Olimp�adas 2016", com 144 p�ginas.

    Ao analisar os trabalhos, a PF concluiu que trechos dos textos reproduziam informa��es da internet. A defini��o de esporte, por exemplo, era uma c�pia da que pode ser encontrada no site Wikipedia.

    As descri��es de torneios promovidos pela iniciativa privada eram c�pias de textos dispon�veis nos sites das pr�prias empresas na internet, segundo a PF.

    O relat�rio da per�cia da PF apontou ind�cios de que tais relat�rios foram 'montados' com base em textos dispon�veis na internet.

    OUTRO LADO

    O advogado de Luis Cl�udio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, afirmou que "no inqu�rito constam todas as informa��es sobre os trabalhos realizados" e que "n�o h� nada a ser acrescentado".

    A Folha indagou qual o motivo da inexist�ncia dos arquivos digitais originais, se eles haviam sido apagados ou perdidos. O advogado n�o respondeu sobre esses pontos.

    Em nota divulgada em novembro sobre a per�cia da PF nos relat�rios, Martins afirmou "n�o aceitar" que os conte�dos dos relat�rios "sejam meras 'c�pias' de materiais extra�dos da internet".

    "Ignora-se que os relat�rios entregues espontaneamente por Lu�s Cl�udio � PF s�o apenas parte da presta��o de servi�o contratada pela M&M e n�o seu todo", afirmou.

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