A Justi�a Federal de Bras�lia dispensou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de prestar depoimento como testemunha de defesa de um dos r�us de processo derivado da Opera��o Zelotes.

A decis�o foi tomada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10� Vara da Justi�a Federal, ap�s a defesa do lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, ter desistido da convoca��o de Lula.

O depoimento do ex-presidente estava previsto para segunda (25). A defesa do ex-presidente justificou que ele nada mais tem a acrescentar "em rela��o ao que foi esclarecido" durante depoimento prestado por Lula em 6 de janeiro passado � Pol�cia Federal em outro inqu�rito da Zelotes.

O ex-presidente foi arrolado como testemunha pelo advogado Marcelo Leal, que representa o lobista, um dos presos sob acusa��o de ter participado da "compra" de medidas provis�rias de interesse do setor automotivo. O advogado de APS entendeu que o depoimento prestado por Lula j� atendeu aos objetivos para colher provas de interesse da defesa de APS.

Lula afirmou que j� forneceu explica��es sobre o assunto da suposta "compra" das medidas provis�rias durante um depoimento que prestou � Pol�cia Federal nos autos de outra investiga��o, um inqu�rito da PF que apura pagamentos a um dos filhos do ex-presidente, Luis Cl�udio Lula da Silva. No depoimento que prestou � Pol�cia Federal em inqu�rito da Opera��o Zelotes, no dia 6, Lula disse que seu filho ca�ula, Luis Cl�udio Lula da Silva, n�o fez qualquer contato com ele antes de receber R$ 2,5 milh�es de empresa do lobista Mauro Marcondes.

Os pagamentos ocorreram entre 2014 e 2015, na mesma �poca em que a firma do lobista, a Marcondes & Mautoni, ganhou R$ 16 milh�es de duas empresas automotivas interessadas em medidas provis�rias para o setor.

Lula afirmou que, na Presid�ncia, n�o atendeu a pedidos formulados por Marcondes e procurou demonstrar dist�ncia de lobista, ao dizer que ele nunca prestou servi�o �s suas campanhas eleitorais nem teve "qualquer tipo de rela��o financeira de qualquer natureza". O ex-presidente considerou que uma combina��o de vendas de MP seria "coisa de bandido e que n�o ocorreu".