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    Ricardo Balthazar

    �xitos de Anitta e da Embraer oferecem uma li��o para o pa�s

    26/12/2017 02h00

    S�O PAULO - Os brasileiros que andam c�ticos sobre o futuro ganharam de presente nos �ltimos dias do ano duas hist�rias que fazem pensar no que ainda d� certo no pa�s.

    Mesmo quem nunca tinha prestado aten��o na cantora Anitta p�de perceber como ela foi longe. Aos 24 anos, rebolando numa favela carioca com um biqu�ni de fita isolante, sem vergonha de expor as imperfei��es do pr�prio corpo, ela atraiu a aten��o de milh�es de pessoas para o clipe de sua nova m�sica na internet.

    Na v�spera do Natal, "Vai Malandra" estava entre as 20 can��es mais ouvidas no mundo pelos usu�rios de um dos principais servi�os de m�sica por assinatura da rede. Foi a primeira vez que uma artista brasileira apareceu t�o bem no ranking.

    Dias depois da estreia do clipe de Anitta, noticiou-se que a americana Boeing quer comprar a Embraer, a ind�stria brasileira que lidera o mercado mundial de jatos para avia��o regional. Al�m do �xito comercial dos avi�es, que podem ajudar a Boeing na competi��o com sua rival Airbus, os americanos est�o de olho no intelecto dos engenheiros brasileiros.

    As a��es da Embraer dispararam com a expectativa criada pela not�cia. Privatizada h� mais de duas d�cadas, a companhia hoje tem investidores do mundo inteiro como s�cios e viu seu valor de mercado aumentar 26% de um dia para o outro.

    H� um tra�o comum nas trajet�rias de Anitta e da Embraer. A cantora conquistou o mundo ao se associar a produtores e artistas internacionais que ampliaram sua visibilidade. A fabricante de avi�es cresceu aliando-se a fornecedores estrangeiros que a ajudaram a absorver tecnologia e desenvolver novos produtos.

    Anitta incomoda as feministas, os puristas da l�ngua e a pol�cia dos costumes. O avan�o da Boeing sobre a joia da coroa da ind�stria nacional assustou os nacionalistas, que amea�am barrar a transa��o. Talvez tenha chegado a hora de os cr�ticos deixarem de lado os preconceitos para tentar entender a li��o da malandra.

    Ricardo Balthazar

    � rep�rter especial. Foi editor de 'Mercado' e de 'Poder'.

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