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Yuri Marçal fala de novo filme e da família

Thayná Rodrigues

Yuri Marçal tem 28 anos e é pai de Ícaro, de 8 anos, e de Yuna, de 2 anos e meio (Foto: Reprodução)Yuri Marçal tem 28 anos e é pai de Ícaro, de 8 anos, e de Yuna, de 2 anos e meio (Foto: Reprodução)

 

Yuri Marçal está em cartaz com o filme "Vale night", de Luís Pinheiro. O longa conta a história de dois jovens, Daiana (Gabriela Dias) e Vini (Pedro Ottoni), que são pais precocemente e enfrentam dilemas para cuidar da criança. Marçal, que interpreta Linguinha, passou pela mesma experiência aos 20 anos. Atualmente com 28, ele conta que está em constante aprendizado sobre a paternidade:

— Tenho dois filhos pequenos, Ícaro e Yuna (de 8 e 3 anos). Um já nem está pequeno, já tem 8, é enorme. Mas são crianças. Nem sou muito fã de falar dessa divisão de tarefas de pai e mãe porque parece que estou militando, sabe? E não é isso. Eu, por ter tido um pai que não foi presente, tenho que buscar essa referência paterna em mim. Então, erro e acerto muito. Vou entendendo... Meus filhos estão nesse jogo. É até divertido e preocupante porque você está criando outro ser humano.

O machismo estrutural da sociedade mostra que ainda há o que se evoluir quando o assunto é equidade de gênero. O comediante relata que, recentemente, surpreendeu-se ao notar que o fraldário de um shopping ficava restrito ao banheiro feminino, como se só as mães tivessem o cuidado com o bebê:

—  Estava passeando com ela e fiquei num climão gigante. Já tinha conversado sobre isso com o Victor Sarro (comediante). Achei que era uma coisa de seis anos atrás (fraldário em banheiro feminino) e que hoje já não existia. Pensei: "Como vou fazer? Não quero levar minha filha ao banheiro masculino para trocar fralda e não posso entrar no feminino". Achei curioso.

 

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No filme em cartaz, a maioria atores do elenco é negra, e o roteiro, antes pensado para um casal branco, foi adaptado para trazer mais representatividade. Marçal opina:

— Eu gosto da adaptação da história. É a nossa realidade. Já teve muito "mais do mesmo" sobre um casal que é brancão, tem que lidar com uma criança, e o pai é visto como bobão, imaturo. E a gente lida com a paternidade de outra forma na favela. Trazer essa realidade deixou mais interessante e tinha até mais espaço para a comédia. Estou recebendo feedbacks muito positivos do filme e a maior parte da população brasileira é negra, né? Logo vai gerar mais identificação numérica. As outras produções têm que entender e comprar essa ideia.

Ao lado da noiva, a atriz Jeniffer Dias, Yuri também filmou recentemente como Mussum no filme sobre o humorista de Os Trapalhões. Ele vive o protagonista na juventude:

— É o trabalho mais importante da minha vida, por toda referência e história que carrega para o Brasil, na questão da comicidade, e minha, como humorista, pessoa que gosta de samba e pagode. Sempre estudei muito sobre ele. E é emocionante demais porque o filme tem cargas dramáticas. Eu poderia ficar uma hora falando sobre isso aqui. E a Jeniffer faz a primeira esposa do Mussum, Leni. Está esteticamente bonito, ficamos muito próximos dos personagens. Sou suspeito para falar. Jeniffer é muito linda. Olho na televisão e fico babando. E os bastidores também foram legais: eu fingindo que não tinha química com ela, quando tinha cena de beijo, pedia para beijar. Essas zoeiras internas que a gente tem.

Em 2020, o ator surpreendeu a então namorada com um pedido de noivado no palco do teatro.

— Ainda não marcamos a data. Acredito que deve demorar um pouco. Estamos organizando carreira, vida, objetivos em comum, dinheiro, que é importante. Mas está sendo bom, a relação é feliz. Já era antes e está mais ainda depois.

Jeniffer Dias e Yuri Marçal no camarim do Vivo Rio, casa onde o peido foi feito (Foto: Acervo pessoal)Jeniffer Dias e Yuri Marçal no camarim do Vivo Rio, casa onde o peido foi feito (Foto: Acervo pessoal)

 

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