Bruno Gissoni com a mulher, Yanna Lavigne, e a filha, Madalena (Foto: Reprodução)
Bruno Gissoni acaba de estrear o filme “Reação em cadeia”, dirigido por Marcio Garcia. Na trama, ele interpreta o auditor Guilherme, que descobre um desfalque na empresa onde trabalha e se envolve numa rede de corrupção. Para o ator, o longa, que foi rodado em 2018, está sendo lançado num momento, infelizmente, oportuno:
- É doloroso dizer que esse filme é atemporal. Ele toca numa ferida nossa, que é a corrupção. Fala sobre a relação que temos com um problema que não começou agora, mas que veio se transformando. Chegamos ao ponto de ter corrupção na compra de vacinas na pandemia. É inacreditável.
O tema, aliás, está entre os que Bruno costuma falar nas suas redes sociais. Enquanto algumas pessoas públicas preferem não se envolver em questões políticas, ele não esconde seus posicionamentos e é um crítico do governo de Jair Bolsonaro:
- Falar sobre política foi uma decisão que eu tomei após o nascimento da minha filha (Madalena, em 2017). A partir desse momento, me tornei um militante para a minha filha e pelo país onde quero que ela viva. Infelizmente, o Brasil parece retroceder a cada ano. Estamos ficando para trás. Até mesmo o tema da corrupção se tornou uma arma usada pelo patriarcado e parte de alguns segmentos religiosos para fazer essa lavagem cerebral na sociedade. Mas eu acredito na mudança e quero fazer a minha parte.
E o senso de responsabilidade que se estabeleceu depois do nascimento de Madalena ganhou ainda mais força nos últimos meses. Bruno e a mulher, a atriz Yanna Lavigne, estão nos preparativos para o nascimento da segunda filha, Amélia. O anúncio da gravidez foi feito em julho:
- A nossa previsão para o nascimento é janeiro. Estamos radiantes de felicidade. Ao mesmo tempo, sentimos também essa responsabilidade aumentar. Atualmente, estamos preparando a chegada dela em meio a mil outras coisas, inclusive a mudança de casa no Rio de Janeiro. Está uma correria danada. Ela vai chegar ao mundo num novo lar.
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A família voltou ao Rio após passar meses na Serra da Mantiqueira, onde o ator construiu uma casa no ano passado. Segundo ele, o projeto era um sonho antigo.
- Passei a infância naquela região, onde o meu pai ainda tem casa. Eu morei oito anos nos Estados Unidos com os meus irmãos (Rodrigo Simas e Felipe Simas). Quando eu voltei para o Brasil, percebi a minha ligação com aquele lugar e passei a sonhar em ter uma casa lá. Passamos boa parte da pandemia morando lá, o que foi maravilhoso. É um refúgio onde podemos nos conectar com a natureza. Agora, voltamos para o Rio, por conta do trabalho e da escola da Madalena. Mas praticamente em todos os finais de semana vamos para lá - explica ele, que em breve começará a gravar a série “Rio Connection”, uma parceria do Globoplay com a Sony. - É um projeto enorme e falado em inglês, o que me deixa muito feliz, porque posso colocar em prática tudo o que aprendi no tempo em que morei fora.
Sobre a convivência com Yanna durante a pandemia, ele diz que a experiência foi desafiadora:
- Foi um filtro para muitos casais esse período. Com a gente, não foi diferente. Tivemos nossos desentendimentos, como qualquer um. Mas a sensação é que estamos saindo fortalecidos disso tudo. O fato de estarmos em meio à natureza ajudou muito também. Se havia algum estresse, era tomar um banho de cachoeira que tudo ficava bem.
Bruno Gissoni e Marcio Garcia nos bastidores do filme "Reação em cadeia" (Foto: Divulgação )
