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Roberto Birindelli fala das ameaças de paraguaios por conta de seu papel em 'Nos tempos do Imperador'

Gabriel Menezes

Roberto Birindelli (Foto: Pino Gomes)Roberto Birindelli (Foto: Pino Gomes)

 

Aos 58 anos, Roberto Birindelli está no ar em duas novelas na Globo: “Império” e “Nos tempos do Imperador”. Ele, que tem mais de 50 filmes no currículo, ainda se considera um novato nas novelas e conta que estranha ser chamado de galã:

- Virei galã maduro, já estou velhinho (risos).  A verdade é que, na minha idade, ser chamado de galã não faz grande diferença. Uma coisa é ser galã aos 20 e outra, aos 58. Mas eu me divirto muito com os comentários. A TV realmente tem um apelo muito grande com o público no Brasil e, mesmo com tantos filmes na carreira, não tinha experimentado nada disso.

Na trama das 18h, ele interpreta o ditador paraguaio Solano López, que liderou o país durante a Guerra do Paraguai. Por conta do papel, ele diz estar vivendo algo inédito na carreira:

- A Guerra do Paraguai é algo que ainda mexe com muita gente, principalmente com os paraguaios, que sofreram as maiores perdas. Assim que a novela foi anunciada, isso antes da pandemia, o assunto repercutiu muito por lá. A partir daí, comecei a receber uma série de mensagens e comentários nas minhas redes sociais de paraguaios me ameaçando. Coisas como: “Não apareça em Assunção porque você não sairá vivo”.

Ele diz que, de lá para cá, deu algumas entrevistas para programas e jornais paraguaios, o que, acredita, ajudou a acalmar os ânimos:

- Acho que o fato de eu ser uruguaio deu uma aliviada. Essa é uma história sobre a rivalidade entre Dom Pedro II e o Solano López e, naturalmente, a visão de um lado acaba incomodando o outro. Eu lembro que, quando estudei a guerra na escola, lá no Uruguai, a gente entendia que a culpa era muito mais dos ingleses que ficaram colocando pilha do que do Brasil ou Paraguai. Eu confio muitos nos autores da novela e sei que eles vão conseguir retratar esse episódio com todo o respeito que ele merece. Foi uma tragédia enorme.

 

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Depois de aparecer na estreia da trama, Birindelli só retornará por volta do capítulo 70, quando a Guerra do Paraguai começa na história. Paralelamente, ele vem fazendo outros trabalhos, incluindo uma viagem nos próximos dias ao Panamá para as filmagens de um longa baseado na vida do pintor Paul Gauguin, dirigido pelo venezuelano Frank Spano. Na trama, ele vive um amigo do protagonista:

- Estou acostumado com essa rotina de fazer mil coisas ao mesmo tempo. Estou sempre para lá e para cá.

Ele, que se divorciou pouco antes da pandemia, conta que continua solteiro:

- Passei este período todo da quarentena sozinho. Acho que eu nem lembro mais como faz para namorar. Vou ter que entrar na internet e baixar um tutorial.

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