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Ingrid Guimarães fala da série 'Modo mãe', de filme com Tatá Werneck e da perda Paulo Gustavo

Thayná Rodrigues

Ingrid Guimarães é apresentadora do 'Modo mãe' (Foto: Divulgação)Ingrid Guimarães é apresentadora do 'Modo mãe' (Foto: Divulgação)

 

Levar trabalho para casa se tornou algo comum na quarentena. Só que Ingrid Guimarães volta e meia faz o inverso: leva a casa para o trabalho. Apresentadora da série "Modo mãe" (obra documental e com esquetes que foi ao ar no GNT e agora está no Globoplay), a artista e produtora agora tirará do papel mais um projeto baseado em vivências domésticas: o filme "Minha irmã e eu". Idealizada com a amiga Tatá Werneck há três anos, a história vai mostrar situações curiosas e adversas da fraternidade. Goiás, terra natal de Ingrid, que tem duas irmãs na vida real, deve servir de cenário para as filmagens.

— A princípio, tomo vacina no dia do meu aniversário, dia 5 de julho. E, se tudo der certo, a gente começa a rodar no segundo semestre, depois que todo mundo da equipe for imunizado. Claro que não planejávamos trabalhar no meio de uma pandemia. Então, se for possível, será lá. Senão, vamos rodar em locações que se pareçam com cidades de Goiânia — frisa ela, acrescentando que a escolha do lugar onde nasceu tem uma razão: — O cinema brasileiro tem muitas obras feitas no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Nordeste... Queria ter a oportunidade de mostrar um pouco da minha região.

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Antecessora do filme, a série sobre maternidade que Ingrid comanda nasceu de experiências que teve após dar à luz de Clara (11 anos), sua filha com o artista plástico René Machado.

— A maior questão da minha vida sempre foi conciliar a paixão pelo trabalho e a minha família. Eu levava esse tema para a terapia. Durante a pandemia, ao ver um clipe sobre mulheres no mercado do audiovisual, veio a ideia de falar das que amam o que fazem, amam os seus filhos, mas também amam o trabalho — explica.

Gloria Pires e Kyra Gracie foram algumas das mães entrevistadas. A atriz e a lutadora contam a que se negaram renunciar em prol da maternidade e citam o que as levou à negociação. Um hábito foi lembrado por ambas: o de levar as crianças para o trabalho. Ingrid se identifica, com ressalvas:

— Na minha casa, a gente tem o combinado: se não quiser, não vai. Até porque eu sou casada há 17 anos com um homem que não gosta de aparecer. Ele não quer que as pessoas o reconheçam como marido da Ingrid. Simplesmente não gosta e, desde pequeno, passou isso para a nossa filha: a ideia de preservar a família. Quando ela era mais nova, ele ficava chateado com os paparazzi que faziam fotos. A criança não podia escolher se queria ser vista ou não. Agora que ela está maior, percebo que ela ama fazer Tik Tok (gravar vídeos para a rede social). Então, acabei virando uma tik toker por causa dela. Só que ela é bem discreta, bem na dela em relação à exposição. Os dois primeiros programas, por exemplo gravei em casa, ela me ajudou... Mas o último foi um parto. Está na fase da pré-adolescência, de botar defeito em tudo...

A apresentadora crê que sua dedicação à família e ao trabalho é herança de sua musa inspiradora, a matriarca Sônia Guimarães:

— Ela trabalhou a vida toda e sempre nos incentivou a fazer o que amávamos. Minha mãe tem 73 anos, é advogada no ramo do petróleo e trabalha até hoje! É o meu maior exemplo. Tive pais muito entusiasmados com a profissão. Agora vejo a minha filha e tento fazer o mesmo. Às vezes ela comenta: "Acho que quero ser atriz". Então, nós conversamos. Recentemente, começou a ver "Grey's Anatomy" e cismou que quer ser médica. Quando ela me diz que se interessa por algo, eu a levo para conhecer mais. Não quero que ela dependa de homem para nada quando crescer.

Para Ingrid, família vai ainda além da sua. Ela, que recentemente perdeu o amigo Paulo Gustavo para a Covid, encontrou-se com a irmã do ator, Juliana Amaral, com o viúvo, Thales Bretas, e com o filhos deles, Gael e Romeu, há 15 dias:

— Foi um movimento natural nosso. Somos muito amigos e temos essa missão de estar sempre juntos (além de Ingrid, Mônica Martelli, Heloísa Périsse e Carol Trentini também têm se confortado). E a história dessa união começou muito antes de o Paulo ir. Quando ele foi internado, ficamos muito tempo em correntes de oração. A dor e a fé unem as pessoas. Criamos um grupo de apoio mesmo. Hoje eu olho e compreendo esses grupos pós-luto. Os dias se tornam mais fáceis de atravessar porque gente está a fim de falar do mesmo assunto. Agora somos cada vez mais família.

A modelo Carol Trentini e as atrizes Mônica Martelli e Ingrid Guimarães (Foto: Reprodução)A modelo Carol Trentini e as atrizes Mônica Martelli e Ingrid Guimarães (Foto: Reprodução)

 

René Machado, Clara e Ingrid Guimarães (Foto: Reprodução)René Machado, Clara e Ingrid Guimarães (Foto: Reprodução)

 

Ingrid com Romeu e Gael, filhos de Paulo Gustavo e Thales Bretas; à direita, com Juliana Amaral, irmã do ator (Foto: Reprodução)Ingrid com Romeu e Gael, filhos de Paulo Gustavo e Thales Bretas; à direita, com Juliana Amaral, irmã do ator (Foto: Reprodução)

 

 

 

 

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