Ambiente 2017: conheça 19 jovens talentos do design sustentável

Com tanto desperdício e futilidade mundo afora, a vontade de consumir poucas e boas peças, com seu devido propósito, é de longe uma tendência mundial - que precisamos seguir o quanto antes. Pensando no amanhã, a edição 2017 da Ambiente, feira de design e bens de consumo de Frankfurt, que acontece entre 10 e 14 de fevereiro, traz à tona novos talentos do design, de diversos países, que estão pensando de forma consciente suas criações. São de pequenos objetos à mobiliários, roupas e joias sustentáveis na fabricação ou no modo de pensar e se relacionar com o outro, todas cuidadosamente selecionadas por um comitê interno do evento. Confira a seguir cada um dos eleitos e assista ao tour em vídeo pela exposição.

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Anna Banout, da Polônia

A polonesa Anna Banout conduz o projeto Qanani, na qual mulheres refugiadas da Síria capitalizam suas habilidades manuais. Ela ensina a transformar resíduos plástico em objetos de design com usos variados, ajudando-as a conquistar independência financeira.

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Beau Birkett Design, do Reino Unido

Com apenas 22 anos, o designer Beau Birkett, do Reino Unido, é destaque com seu projeto de conclusão de curso. Além do design sofisticado, a coleção Håll é sustentável: o tecido cinza que cobre o banco, a luminária e o cabideiro são 100% feitos com garrafa pet, combinado com madeira freixo.

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Bouillon, do Japão

Os designers Hiroki Nasu e Shunya Hattori trouxeram duas linhas: Warm Stool e Baton Chair. Na primeira, bancos de madeira com assento em cerâmica contém um depósito para água quente, resultando em novas funções para a tradicional cerâmica japonesa e um apoio aquecido por duas horas. Já a cadeira é uma reciclagem de um modelo comum fabricado no país. A dupla usou rattan para compor assento e encosto.

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Differniture, da Índia

O ateliê fundado em 2014 por Aakriti Kumar dá novos usos a madeiras que sofreram com a ação do tempo. Esta é a cadeira Piano, feitas com sobras da base do instrumento musical.

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IDAM, da Índia

A arte mugal, o tradicional festival das cores e outras estampas traduzidas de uma forma atual, ilustram as roupas de cama da marca IDAM, idealizada pelas amigas Nayanika e Gazal. Os tecidos são orgânicos e os desenhos e padronagens são feitos e aplicados manualmente por elas e sua equipe.

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Nina Fabert, da Alemanha

Já imaginou usar uma peça feita com couro de...cogumelo?! Essa designer alemã, criadora da Zvnder, trouxe  bolsas, bonés, carteiras e outros pequenos acessórios fabricados com o “fomes fomentarius”. Alternativa vegana para a moda!

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Forest + Found, do Reino Unido

Com experiência em fine art, Max Bainbridge e Abigail Booth trabalham com métodos artesanais tradicionais de seu país, porém de uma forma atual. Madeiras reaproveitadas viram bancos, cestos e talheres, tudo entalhado à mão por Max. Já Abigail é responsável por tingir manualmente e costurar tecidos, nos mesmos tons suaves das árvores, como uma obra de arte.

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Flöhr Dësign, da Alemanha

As criações do designer Christian Reder usam um processo patenteado, na qual os talos de uma espécie invasora semelhante ao bambu, giant knotweed, se transformam em lâmpadas, mesas, bowls e cadeiras.

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Little Tit, da Argentina

Agostina Laurenzano transforma elementos naturais em decomposição em joias contemporâneas, eternizadas a partir do uso da resina e do acrílico sobre folhas de pinheiro, caroços e outros achados.

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Takafumi Nemoto, do Japão

Estes delicados difusores feitos à mão pelo designer traduzem de forma contemporânea a arte da tecelagem dos tempos antigos. Com bambu, ele criou uma imagem que se assemelha ao movimento do tricô. Outra peça, com os mesmos materiais, representam bonsais.

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Marina Turlay, da Rússia

No processo de fabricação de madeira compensada de bétula, a casca da árvore é descartada pela indústria. Esta designer russa decidiu fazer o reúso do material para compor copos e pratos de cerâmica. Além de servir como uma proteção contra o calor, a madeira ficou ainda mais bela com desenhos e até um alfabeto em braile.

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Magic Craft, da Áustria

Garrafas de plástico viram pequenos monstros, com bocas de zíper e olhos, nas mãos da designer russa Zitta Schnitt. As peças não só servem como porta-treco ou divertir crianças, elas carregam o propósito de empoderar mulheres africanas, que recebem um salário digno por isso. Zitta também disponibiliza a peça em open source, para quem quiser fazer sua própria bolsa.

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Punah, Índia

Sem excessos. A designer Sophie Rowley, alemã situada em Mumbai, coordena um time que faz novas e belas peças a partir da reciclagem de jeans e outros tecidos vindos de uma das maiores fabricantes do país. Materiais que restaram da indústria também viraram luminárias e outras novidades.

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Raja Serayu, da Indonésia

Recuperar e modernizar uma tradição é a proposta do designer Mufti Alem e da marca de tecidos Rajasa Mas no projeto Raja Serayu. A Batik, uma técnica de tingimento em tecido geralmente elaborada por artesãos de 55 a 70 anos, corre o risco de se perder por falta de jovens adeptos. Enquanto workshops são feitos em escolas, os tecidos ainda imperfeitos são aproveitados e valorizados quando se juntam à palha de bambu. Uma história em construção que já rendeu belos cestos.

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Studio Bycolor, do Japão

Madeiras descartadas viram anéis, relógios e outros belos acessórios, feitos pela designer Kaori Akiyama. MW:WW é o nome desse projeto que colore e eterniza a natureza.

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Studio Metallurgy, da Índia

A beleza da imperfeição! Do descarte de metais e madeiras, a designer indiana Advaeita Mathur, do Studio Metallurgy criou esta bela coleção chamada Molten Woods.

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Studio Yuma Kano, do Japão

O jovem designer Yuma Kano reaproveita materiais diversos em suas criações. Como no Japão não há o costume de usar lâmpadas de LED, ele dá novo uso aos bulbos, transformando-os em vasos. A coleção Dr. Furniture trata de salvar gavetas e pedaços de cadeiras quebradas, que se tornam novos móveis, enquanto a Bent-House faz o uso da estrutura do bentô, a famosa marmita japonesa, como enfeites para paredes.

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Bermbatch, da Alemanha

Inconformados com a falta de ofertas e visual impessoal, um casal alemão teve a ideia de fabricar os próprios berços para os filhos, usando rattan. Eles gostaram tanto do resultado - e da ideia de resgatar um processo manual tão carinhoso para os filhos, que decidiram continuar produzindo os móveis artesanais para outras pessoas.

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We+, do Japão

Os designers Hokuto Ando e Toshiya Hayashi, de Tóquio, trouxeram à Ambiente sua mais recente coleção, Disguise. Trata-se de delicados vasos iluminados, moldados com cera de forma rotativa, em várias camadas. Uma pequena lâmpada vem acoplada embaixo para dar o efeito de luz, juntamente com um motor que gera pequenos e relaxantes barulhinhos.