• 26/03/2013
  • Por Mariana Kindle; Fotos Cristiano Mascaro
Atualizado em
  (Foto: Cristiano Mascaro)

Há uma curiosidade natural do público acerca dos espaços de trabalho dos artistas. Em especial, sobre as oficinas das mentes criadoras que são também figuras públicas. Millôr Fernandes (1923-2012) era uma personalidade desse tipo. Pouco conhecido, seu estúdio em Ipanema, no Rio de Janeiro, foi fotografado por Cristiano Mascaro do modo que fora deixado pelo jornalista e cartunista. Os registros são históricos, pois tudo o que havia ali acaba de ser migrado para as dependências do Instituto Moreira Salles, com o intuito de preservação da obra e disseminação da cultura.

O acervo inventariou 7.858 itens, dos quais 6.577 são obras autorais do escritor, e o resto são documentos. A produção salva é variada: há desenhos em nanquim, colagens, impressões a jato de tinta (desenhos feitos em computador), guache, aquarela, lápis de cor e crayon. Além disso, os arquivos têm documentos pessoais, recortes de jornais e revistas e manuscritos. Millôr teve o cuidado de encadernar grande parte de seus trabalhos publicados. Estes volumes, 101 deles, também vão ao IMS. Os cadernos estão divididos por veículo. Todo esse material ficará abrigado no instituto por 10 anos.

Após a catalogação do material, o público poderá ter acesso a grande parte do acervo via internet e na reserva técnica do IMS-RJ. O instituto tem atualmente sob sua guarda o acervo de outros grandes nomes das letras e da cultura brasileira, como Otto Lara Resende, Rachel de Queiroz, Décio de Almeida Prado, Lygia Fagundes Telles e Ana Cristina Cesar.

  (Foto: Cristiano Mascaro)
  (Foto: Cristiano Mascaro)
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  (Foto: Cristiano Mascaro)
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  (Foto: Cristiano Mascaro)
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  (Foto: Cristiano Mascaro)
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