Interiores
Carta branca para o décor em Curitiba
Liberdade total em projeto de Guilherme Torres
2 min de leituraUm casal de empresários estava descontente com o projeto de interiores, já em fase final de execução, para seu apartamento de 145 m² em Curitiba, quando conheceu Guilherme Torres. A proprietária admirava o trabalho do arquiteto de outros tempos e não hesitou em chamá-lo para concluir o processo.
“Eles estavam insatisfeitos com a disposição dos ambientes e a decoração em estilo tradicional”, conta Torres. “Por isso me deram carta branca para reformular todos os espaços.” A partir daí, ele decidiu dar um ar mais contemporâneo ao conjunto, a começar pela paleta de cores das paredes, que foi trocada por uma combinação de cimento polimérico em tons de menta e azul e pelo emprego de revestimento de pínus entre a sala de jantar e a cozinha.
Outro elemento de acabamento que proporciona um visual moderno ao apartamento é a coluna estrutural, exposta logo na entrada, ao lado da mesa de jantar. Além do aspecto industrial, ela cria uma barreira visual entre a porta de entrada e o acesso à área íntima, garantindo a privacidade dos moradores.
“O casal não tem filhos, mas tem uma vida social intensa e gosta de receber a família”, conta Torres. Por isso, ele optou por manter a planta original do apartamento, com três dormitórios, transformando um dos quartos em escritório e equipando outro para receber hóspedes. A suíte máster mereceu especial atenção do arquiteto, que imprimiu ali uma identidade mais sóbria, mas não menos confortável, com prevalência de revestimentos em branco ou preto.
Durante uma viagem, eu comprei alguns tecidos para minha casa e um deles julguei que era a cara do casal, um revestimento Marimekko com o qual foi feito o pufe da sala. Foi minha inspiração para o décor”, explica o arquiteto. Basicamente todas as peças de decoração têm design do próprio Guilherme Torres.
A mesa Fifties, por exemplo, era um antigo sonho de consumo da proprietária. O bufê Pixel surge com pínus em tom de ébano, as mesas de centro chamam-se Mush, e o sofá foi o primeiro protótipo do modelo Otto.
Para compor com as peças de design criadas pelo arquiteto, foram escolhidos a chaise Shadowy, uma peça outdoor que Torres colocou dentro do apartamento, tapetes e cadeiras de madeira e ferro da Diesel e cadeiras para a mesa de jantar da Driade.
O casal de proprietários é fã de arte, por isso Torres fez uma aposta em obras da SIM Galeria, de Curitiba. O destaque fica para peças feitas com colagem, de João Machado, e a colorida montagem sobre o aparador, de Eliane Prolik. (FABIO DE PAULA)