• 09/11/2013
  • Por Redação
Atualizado em

O modo mais fácil de deixar qualquer ambiente mais aconchegante é assumir o estilo rústico da decoração de fazenda. Nele, um dos principais elementos, que aparece em abundância, é a madeira. Além disso, tecidos compõem as decorações desta temática. Seja no campo, na praia ou mesmo na cidade, o rústico sempre cabe bem. Embora poucos saibam, há diferentes modos de assumir a rusticidade. Não é preciso transformar seu lar urbano numa casa de fazenda. Para enchê-lo de ideias reunimos dez ambientes super bem decorados nesta matéria. Olhe, se inspire, se apaixone e adote. Com o rústico, não tem erro!

  (Foto: Filippo Bamberghi)

1. A boa medida da mistura

Pegue um projeto de Zanine Caldas. Adicione um punhado de tapetes marroquinos e pufes indianos. Acrescente bancos de Tiradentes e papéis de parede da Espanha. Para apimentar, uma pitada de quadros vindos diretamente da China. Polvilhe tudo com plantas escolhidas por Burle Marx e leve a mistura ao forno em uma vasilha untada com retratos de família no Peru, Bolívia ou deserto de Omã entre enfeites trazidos da Grécia e do México. Essa receita resulta na casa da chef carioca Zazá Piereck, dona do Zazá Bistrô
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  (Foto: Fernando Lombardi)

2. Decoração que conta história

A madeira é o carro-chefe desta casa. O piso foi feito com tábuas de demolição vindas do interior de Minas e o revestimento do telhado de taubilhas – telhas artesanais, fatiadas no machado, reaproveitando sobras de madeiras – foi recuperado na região. As portas e os portais, que eram de uma casa de fazenda, carregam o desgaste da pintura e da matéria impostos pelo tempo. Pela casa há muitos elementos resgatados ou reciclados. Aqui, a corrosão do tempo, o desgaste dos materiais, a ferrugem e a irregularidade do acabamento foram promovidos de defeitos a virtude.
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  (Foto: Sveinung Brathen)

3. Décor com dissonantes, com o blues

Uma temática que paira entre o industrial feminino e o rústico moderno dá o tom a este lar norueguês. A sala de jantar, por exemplo, está repleta de opostos complementares, ou mesmo, contrastes. Se a cozinha é prática, ela também é bela. Se é ampla, com o uso de acessórios charmosos, faz-se aconchegante. É evidente que o branco domina a cena, mas há pequenas tonalidades dissonantes em meio à composição que garantem no olhar do espectador uma tensão positiva, prendendo-lhe a atenção. É o caso das peças cor-de-rosa: a banqueta e o candelabro de cinco velas.
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  (Foto: reprodução)

4. Deixando tudo às vistas

O espírito da nossa época é o da reciclagem. Na onda da sustentabilidade disparada pelo esgotamento dos recursos do planeta, prega-se que precisamos reaproveitar o que já existe. Na reforma deste apartamento em Bilbao, na Espanha, Mikel Larrinaga empregou essa mentalidade. Ficaram à mostra as estruturas arquitetônicas originais do imóvel. Paredes com tijolos aparentes pintados de branco dialogam com as vigas horizontais também aparentes e pintadas no mesmo tom, que dão um toque rústico ao ambiente. O piso de carvalho recebeu uma demão de verniz fosco.
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  (Foto: Adolf Bereuter)

5. Levou 60 árvores

Na casa em Vorarlberg, Áustria, a madeira é a grande estrela da decoração. Sessenta árvores foram usadas para revestir o exterior e interior do lar, incluindo nesta conta a madeira empregada em portas e móveis. A estrutura de concreto, visível em alguns lados da cozinha, interrompe o tom claro da madeira, conferindo maior riqueza visual à composição. A configuração arquitetônica do ambiente remete aos típicos desenhos infantis, com base baixa e generoso telhado de duas águas. O décor é rústico, ainda que seja minimalista.
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  (Foto: Filippo Bamberghi)

6. O clima selvagem em casa

Na casa de Alex Atala, em São Paulo, a caça e a pesca são temas constantes, como nas flechas que compõem um candelabro de cristal ou em uma pele da zebra caçada na África que ancora cadeiras de Zanine Caldas e um sofá Chesterfield. Uma das principais fontes de inspiração de sua cozinha, a Amazônia se faz presente tanto na parede amarela azulejada do lavabo, com gravuras de tucanos e um imenso colar de penas vermelhas, quanto na entrada da casa, onde um tecido pintado à mão reproduz pinturas corporais dos caiapós.
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  (Foto: Filippo Bamberghi)

7. Aberta para o verde da mata

“Tenho verdadeira fixação por cabanas, faço-as há muito tempo. Elas se enquadram muito bem à natureza. Gosto da leveza da madeira, do sapé”, afirma Mónica Penaguião. Sua casa de praia, em Paraty, no litoral fluminense, segue o conceito open-space: sem divisórias entre sala e cozinha ou banheiro e quarto. Com amplas aberturas para o verde, a distância entre a arquitetura e a natureza é estreita. O projeto tem um quê de Indonésia ou das Filipinas com estilo mediterrâneo. No décor, Mónica compõe um mix discreto de design internacional, como as peças de Maarten Baas, e nacional, caso de Zanini de Zanine.
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  (Foto: divulgação)

8. A rusticidade da indústria

O fotógrafo Rob Brinson viveu por mais de 20 anos nesta construção dotada de 2 mil painéis de vidro. Trata-se de uma antiga sala de fundição de 600 m² do prédio. A abundância da luz natural tem enorme influência no trabalho do fotógrafo, como também na amplidão do loft. Já as vigas de ferro, o forro de madeira no teto, os tijolos aparentes e o generoso pé-direito reforçam o aspecto industrial da decoração. O mobiliário era composto por peças garimpadas em brechós e antiquários do mundo todo. Hoje o lugar é o Centro Cultural King Plow.
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  (Foto: Rogério Maranhão)

9. Bem à brasileira

A casa na Praia do Marahu, com 200 m² de área construída, foi erguida em oito meses e sem qualquer parte de alvenaria, com 13 tipos de madeira, uma das maiores riquezas paraenses. Entre as espécies, aparecem ipê e pau-roxo. Teve-se o cuidado de se utilizar ao máximo as madeiras de demolição, que pertenceram a antigas construções. As cores genuinamente nacionais aparecem em profusão nesta decoração em tom tropicalista, como deve ser em uma região equatorial. Pela casa ilustram algumas paredes pinturas de um artista local com motivos da flora e da fauna.
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  (Foto: Henny Van Belkom e Jean-Marc Wullschleger)

10. Renovação na fazenda

Este lar do século 19, no interior da Holanda , antes da reforma era rural em todos os sentidos da palavra. Hoje, o que era o estábulo virou as salas de estar, jantar, lazer e trabalho. Materiais sustentáveis e métodos tradicionais de construção entraram em ação. Muito da matéria-prima empregada era reciclada ou foi encontrada na própria fazenda. O design de interiores, assinado pelo Studio Viva Vida, mistura cores fortes, em móveis modernos, com peças vintage, tudo contra um pano de fundo rústico, ora em madeira, ora em tijolos.