Dúplex em Copenhague mistura estilo escandinavo ao mobiliário caloroso

Depois de viver em cidades como Londres e Paris, os moradores desse apartamento decidiram se estabelecer em Copenhague. O casal formado por um brasileiro e um sueco procurava um imóvel onde pudesse colecionar arte, receber hóspedes e organizar recepções animadas para os amigos.

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O arquiteto Rodrigo Maia, de Fortaleza, orientou os moradores a escolher o dúplex de 200 m², localizado nos dois últimos andares de um prédio tombado no Nyhavn, uma área vibrante e colorida da capital, construída ao longo de um porto antigo. O edifício data do século 18 e preserva detalhes curiosos do período, como o estábulo, hoje transformado em garagem.

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Contou pontos o fato do apartamento possuir um amplo andar superior sem divisórias, cenário ideal para os frequentes encontros de amigos. No cotidiano, funcionam por ali a sala de estar e um espaço de leitura. O piso mais baixo recebeu o jantar, quartos e cozinha.

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Rodrigo optou por uma paleta de cores leves. “Quisemos fazer uma mistura entre o design escandinavo e o italiano”, conta. O piso de madeira clara permaneceu inalterado. O teto, cujas vigas ainda preservam a aspereza da madeira, recebeu tinta branca, assim como as paredes. Clarabóias e amplas janelas inundam o lar de luz, recurso precioso na Escandinávia.

Em um lar tão claro, o projeto luminotécnico preza pela suavidade: Rodrigo especificou lâmpadas embutidas por toda a casa e spots de luz que “lavam” as paredes do sótão. Apenas as luminárias decorativas despejam luz direta.

A arte contemporânea e o mobiliário de design trazem calidez para projeto. É o que acontece no living, onde as poltronas Wiggle, de Frank Gehry, e 45, de Fin Juhl, dialogam com luminária Arco de Achille e Pier Giacomo Castiglioni. A tela de Gun Gordillo, ponto focal do ambiente, e a escultura do cearense Célio Gurgel, tornam o espaço ainda mais moderno. Já o canto de leitura recebeu a potrona Eames. Ao fundo, quadros de artistas cearenses como Mino e Castelo Branco, somam-se às lembranças de viagem dos moradores.

No piso inferior, o brasileiro, que é formado em gastronomia, comanda os jantares a partir da cozinha Miele. Os convidados fazem refeições à luz do pendente Raimond, de Raimond Puts, enquanto a tela de Mino dá um toque tropical.

Os dormitórios continuam o diálogo entre neutralidade e cor presente em toda a morada. Na suíte do casal, por exemplo, os armários brancos fazem companhia a peças como a poltrona Papa Bear, de Hans Wegner, e ao relógio Spindle, de George Nelson. Os quadros do cearense Barrica e do artista grego-cipriota Demetrios Psillos injetam energia na discreta suíte do casal. O estilo nórdico não perde nada ao receber a calidez dos mares do sul.

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