• 08/10/2017
  • Por Giovanna Maradei | Fotos: Divulgação
Atualizado em
Projeto social ensina mulheres de baixa renda a construir casas  (Foto: Divulgação)

A ideia surgiu a partir de uma pesquisa de mestrado. Atenta a falat de profissionais da construção na periferia, região que mais se constrói casas, a arquiteta Carina Guedes iniciou um trabalho de assessoria técnica para grupos de mulheres de baixíssima renda – e nunca mais parou.

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O projeto, antes experimental, hoje ganhou nome, "Arquietura na Periferia", forma e uma nobre missão: estimular a autoconfiança de mulheres da periferia, dando a elas instrumentos para participar das decisões acerca da construção de suas próprias casas.

Para tanto, a equipe formada por duas arquitetas, duas estudantes de engenharia e uma colaboradora local oferece assessoria técnica para grupos das comunidades de Dandara e Eliana Silva, em Belo Horizonte.

Com a ajuda das profissionais, as mulheres assessoradas são apresentadas à técnicas de projeto e planejamento de obras, além de receberem um microfinanciamento para que, em grupo, conduzam com autonomia e sem desperdícios as reformas de suas casas.

Na primeira edição do "Arquitetura na Periferia", que aconteceu entre 2013 e 2014 – e foi financiada pela própria Carina, três mulheres foram assessoradas, semanalmente, por 10 meses.

Projeto social ensina mulheres de baixa renda a construir casas  (Foto: Divulgação)

Neste tempo elas aprenderam desde o básico, como medir e desenhar suas casas, para assim discutir soluções espaciais, até o planejamento da execução e do financiamento do projeto. Isso sem contar algumas aulas técnicas, que ensinou, por exemplo, como rebocar uma parede ou instalar uma torneira.

Com o resultado positivo da iniciativa, a arquiteta passou a integrar a associação "Arquitetos Sem Fronteiras" e conseguiu apoio da ONG internacional "Brazil Foundation". Agora, o projeto busca apoiadores financeiros e ferramentas para tornar o projeto algo sustentável, como um negócio social, e expandir a atuação para a criação de novas edições.

Ficou interessado? Você pode ajudar através da campanha de financiamento coletivo "Abrace o Brasil".

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