Conheça o parque Grande Sertão Veredas

Foram necessárias duas tentativas para que Riobaldo, protagonista de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, conseguisse vencer o “liso do Sussuarão”, região de platô que se localiza ao norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia

Na obra, o personagem e o bando de jagunços do qual ele faz parte sofrem com o forte calor e com a geografia adversa, composta por longos trechos de mata seca de cerrado

Essa composição natural forma paisagens repletas de serras, chapadões, rios e veredas e serve de habitat para uma flora de frutos desconhecidos da maioria dos brasileiros e uma fauna diversa de mamíferos, peixes e aves

Grande parte desse cenário integra o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, que homenageia o romance de Guimarães Rosa, e foi criado em 1989

Em 2004, foi ampliado e atingiu sua configuração atual, com 230 mil hectares entre os municípios mineiros de Chapada Gaúcha (onde fica sua sede e portão de entrada), Arinos e Formoso e a cidade baiana de Cocos

Percorrer os caminhos do Parque exige veículo com tração 4x4. São cerca de 150 km entre os dois portões de acesso da unidade, via estradas de terra em condições variadas

Para entrar no parque, é necessário estar acompanhado por um guia turístico, que cobra, em média, R$ 150 por dia

Conhecidas como “oásis do sertão”, as veredas são o atrativo número um na escolha dos guias turísticos da região

Veredas são uma formação natural de solo irrigado, com pequenas lagoas, e árvores de copa repleta de folhas verdes —como os buritis. A mais exuberante é a de Itaguari, a 60 km da entrada principal do parque

Dentro dos limites da unidade há duas cachoeiras, a de Mato Grande e a Roncadeira. Embora a queda-d’água seja agradável para banho, o trajeto é ainda mais bonito

Quem chega até Chapada Gaúcha motivado a conhecer o sertão rosiano geralmente faz o mesmo pedido aos guias: visitar o local que se refere ao “liso do Sussuarão”

Ao longo dos anos, muitos especialistas debateram se o lugar de fato existe. Mas, segundo o crítico literário Alan Viggiano e especialistas locais, não há dúvidas: trata-se do “liso” (platô) da Campina

Ainda que não haja certeza sobre onde está o mítico “escampo dos infernos” de Riobaldo, no “liso” da Campina é possível ver muito daquilo que descreve o personagem: a dureza do sertão e a vida do sertanejo

O cerrado preservado do Parque Nacional Grande Sertão Veredas atrai pesquisadores, observadores de pássaros e apaixonados por Guimarães Rosa de todo o país

Gosta de literatura? Saiba por que Memórias Póstumas de Brás Cubas é um marco brasileiro

TEXTOS

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Na obra, o personagem e o bando de jagunços do qual ele faz parte sofrem com o forte calor e com a geografia adversa, composta por longos trechos de mata seca de cerrado

Essa composição natural forma paisagens repletas de serras, chapadões, rios e veredas e serve de habitat para uma flora de frutos desconhecidos da maioria dos brasileiros e uma fauna diversa de mamíferos, peixes e aves

Grande parte desse cenário integra o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, que homenageia o romance de Guimarães Rosa, e foi criado em 1989

Em 2004, foi ampliado e atingiu sua configuração atual, com 230 mil hectares entre os municípios mineiros de Chapada Gaúcha (onde fica sua sede e portão de entrada), Arinos e Formoso e a cidade baiana de Cocos

Percorrer os caminhos do Parque exige veículo com tração 4x4. São cerca de 150 km entre os dois portões de acesso da unidade, via estradas de terra em condições variadas

Para entrar no parque, é necessário estar acompanhado por um guia turístico, que cobra, em média, R$ 150 por dia

Conhecidas como “oásis do sertão”, as veredas são o atrativo número um na escolha dos guias turísticos da região

Veredas são uma formação natural de solo irrigado, com pequenas lagoas, e árvores de copa repleta de folhas verdes —como os buritis. A mais exuberante é a de Itaguari, a 60 km da entrada principal do parque

Dentro dos limites da unidade há duas cachoeiras, a de Mato Grande e a Roncadeira. Embora a queda-d’água seja agradável para banho, o trajeto é ainda mais bonito

Quem chega até Chapada Gaúcha motivado a conhecer o sertão rosiano geralmente faz o mesmo pedido aos guias: visitar o local que se refere ao “liso do Sussuarão”

Ao longo dos anos, muitos especialistas debateram se o lugar de fato existe. Mas, segundo o crítico literário Alan Viggiano e especialistas locais, não há dúvidas: trata-se do “liso” (platô) da Campina

Ainda que não haja certeza sobre onde está o mítico “escampo dos infernos” de Riobaldo, no “liso” da Campina é possível ver muito daquilo que descreve o personagem: a dureza do sertão e a vida do sertanejo

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TEXTOS

Luiz Felipe Silva

IMAGENS

Karime Xavier, Renata Falzoni e Bruno Santos/ Folhapress
Eugênio Silva/O Cruzeiro
ICMBio
Anchor Point/Giphy

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Rebeca Oliveira

Conheça o parque Grande Sertão Veredas

​​Foram necessárias duas tentativas para que Riobaldo, protagonista de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, conseguisse vencer o “liso do Sussuarão”, região de platô que se localiza ao norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia

Na obra, o personagem e o bando de jagunços do qual ele faz parte sofrem com o forte calor e com a geografia adversa, composta por longos trechos de mata seca de cerrado

Essa composição natural forma paisagens repletas de serras, chapadões, rios e veredas e serve de habitat para uma flora de frutos desconhecidos da maioria dos brasileiros e uma fauna diversa de mamíferos, peixes e aves

Grande parte desse cenário integra o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, que homenageia o romance de Guimarães Rosa, e foi criado em 1989

Em 2004, foi ampliado e atingiu sua configuração atual, com 230 mil hectares entre os municípios mineiros de Chapada Gaúcha (onde fica sua sede e portão de entrada), Arinos e Formoso e a cidade baiana de Cocos

Percorrer os caminhos do Parque exige veículo com tração 4x4. São cerca de 150 km entre os dois portões de acesso da unidade, via estradas de terra em condições variadas

Para entrar no parque, é necessário estar acompanhado por um guia turístico, que cobra, em média, R$ 150 por dia

Conhecidas como “oásis do sertão”, as veredas são o atrativo número um na escolha dos guias turísticos da região

Veredas são uma formação natural de solo irrigado, com pequenas lagoas, e árvores de copa repleta de folhas verdes —como os buritis. A mais exuberante é a de Itaguari, a 60 km da entrada principal do parque

Dentro dos limites da unidade há duas cachoeiras, a de Mato Grande e a Roncadeira. Embora a queda-d’água seja agradável para banho, o trajeto é ainda mais bonito

Quem chega até Chapada Gaúcha motivado a conhecer o sertão rosiano geralmente faz o mesmo pedido aos guias: visitar o local que se refere ao “liso do Sussuarão”

Ao longo dos anos, muitos especialistas debateram se o lugar de fato existe. Mas, segundo o crítico literário Alan Viggiano e especialistas locais, não há dúvidas: trata-se do “liso” (platô) da Campina

Ainda que não haja certeza sobre onde está o mítico “escampo dos infernos” de Riobaldo, no “liso” da Campina é possível ver muito daquilo que descreve o personagem: a dureza do sertão e a vida do sertanejo

O cerrado preservado do Parque Nacional Grande Sertão Veredas atrai pesquisadores, observadores de pássaros e apaixonados por Guimarães Rosa de todo o país

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Luiz Felipe Silva

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Karime Xavier, Renata Falzoni e Bruno Santos/ FolhapressEugênio Silva/O CruzeiroICMBioAnchor Point/Giphy

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Rebeca Oliveira

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Karime Xavier, Renata Falzoni e Bruno Santos/ Folhapress
Eugênio Silva/O Cruzeiro
ICMBio
Anchor Point/Giphy