Mulheres estão sujeitas a vários tipos de violência diariamente: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial
Todos essas formas de agressão estão enquadradas na Lei Maria da Penha
Mas, antes da denúncia, é preciso percorrer o caminho do reconhecimento do que é a violência
"A maioria dos casos não tem episódios de violência física", explica a psicóloga e doutora em psicologia forense Arielle Sagrillo
"A mulher aguenta comportamentos que não são legais porque é socializada para achar que é sua responsabilidade fazer os relacionamentos darem certo", completa
"Ao acostumar-se com a violência, nem sempre a mulher percebe o nível da agressão que está sofrendo", explica. Sagrillo dá algumas dicas para identificar comportamentos abusivos:
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Pergunte-se: "Meu companheiro faz com que eu sinta que estou sempre fazendo tudo errado?"
Caso a resposta de alguma dessas perguntas seja sim, é possível tomar medidas. Veja como proceder:
Ligue 180
É o principal canal de orientação à mulher em situação de violência no Brasil
WhatsApp bot
Uma iniciativa do Instituto Avon, Uber, Smarkio, Decode e Wieden+Kennedy. Ajuda mulheres a entenderem a violência que estão sofrendo e redireciona para serviços especializados
(11) 94494-2415
Basta enviar uma mensagem no WhatsApp para o número acima e receber orientações sobre os recursos disponíveis para apoiá-la a sair de um ciclo de violência
Mapa do Acolhimento
A iniciativa conecta mulheres a uma rede de psicólogas e advogadas voluntárias especializadas em violência de gênero
Veja todos os serviços públicos disponíveis para atendimento e acolhimento de mulheres no Brasil, com informações atualizadas sobre o funcionamento durante a pandemia
Instituto Avon e Instituto Grupo Pão de Açúcar abrem serviço para doação de cesta básica à mulheres de alta vulnerabilidade durante a pandemia de Covid-19
Casas de passagem
Em casos de violência doméstica, é possível solicitar abrigo em um lar provisório ou casa de passagem
"Essas iniciativas não mitigam o problema da violência contra a mulher no Brasil, mas minimizam a possibilidade de que essa mulher seja vitimada", diz Arielle Sagrillo
Se você é ou conhece uma mulher que esteja passando por uma situação de violência, lembre-se: a culpa nunca é da vítima e você não está sozinhha
Informe-se sobre o programa Você Não Está Sozinha:
Tércio Teixeira, Marlene Bergamo, Alan Marques, Ricardo Borges e Moacyr, Lopes Junior e Bruno Poletti/Folhapress Unsplash Narcissistic Abuse Rehab, UN Women, Carlotta Notaro, European Commission e Tim Pamflet/Giphy