Governo da Tail�ndia quer fechar o cerco contra o turismo sexual
Stephen Shaver - 26.set.2001/AFP | ||
Prostitutas tailandesas aguardam clientes em rua de Bancoc |
A infame ind�stria do sexo da Tail�ndia est� sob fogo, com a ministra do Turismo pressionando para livrar o pa�s dos quase onipresentes bord�is e blitze policiais nas �ltimas semanas em alguns dos maiores estabelecimentos de Bancoc.
Quem trabalha nessa ind�stria diz que um freio nesses servi�os prejudicaria uma economia claudicante, que tem lutado para se recuperar depois de um per�odo de agita��o pol�tica que levou o pa�s � beira da recess�o em 2014.
A Tail�ndia � predominantemente budista e muito conservadora, mas abriga uma vasta ind�stria do sexo, especialmente para servir aos homens tailandeses –ainda que multid�es de turistas tamb�m circulem pelos luminosos de boates, bares com dan�arinas e casas de massagens em Bancoc e outros polos tur�sticos.
As praias e templos tailandeses foram p�steres do turismo asi�tico por d�cadas, e o pa�s espera um n�mero recorde na entrada de turistas em 2016.
A ministra do Turismo, Kobkarn Wattanavrangkul, minimizou o papel da ind�stria do sexo na atra��o de visitantes.
"Os turistas n�o v�m � Tail�ndia por causa disso. V�m pela nossa bela cultura", afirmou � ag�ncia Reuters. "Queremos que a Tail�ndia tenha um turismo de qualidade. Queremos que a ind�stria do sexo se v�".
A prostitui��o � ilegal no pa�s, mas a lei � invariavelmente ignorada. Especialistas dizem que ser� dif�cil livrar a Tail�ndia de uma ind�stria t�o consolidada, e que ainda paga propina para in�meros policiais e funcion�rios p�blicos.
Quem tenta promover o bem-estar social de trabalhadores do sexo dizem que a meta de Kobkarn � irreal.
A iniciativa da ministra vem em meio a uma tentativa do governo de transformar a Tail�ndia em um destino de luxo, para atrair turistas com alto poder aquisitivo.
Stephen Shaver - 12.nov.2002/AFP | ||
Travesti posa entre turistas em boate de Phuket, na Tail�ndia |
"O governo militar se nega a reconhecer a prolifera��o da prostitui��o e sua contribui��o com a economia e com o turismo", diz Panomporn Utaisri, da NightLight, ONG cat�lica que ajuda mulheres que trabalham na ind�stria do sexo a encontrar profiss�es alternativas.
N�o h� estimativas oficiais de quanto esse setor movimento de dinheiro, nem da receita tur�stica que prov�m dele.
H�, segundo um relat�rio da Unaids, 123 mil trabalhadores de sexo na Tail�ndia –no vizinho Camboja s�o 37 mil.
No m�s passado, a pol�cia fez blitze em dezenas de bord�is em grandes cidades –o que foi classificado como uma opera��o de rotina, para combater o trabalho infantil e de imigrantes ilegais; s� um dos locais foi fechado.
O setor de turismo responde por cerca de 10% da economia interna, e grupos ligados � ind�stria do sexo dizem que uma Tail�ndia livre de prostitui��o, como quer a ministra, prejudicaria a cifra.
A Swing (Service Workers in Group) e a NightLight dizem que eles abra�ariam a ideia do governo se houvesse um plano de apoio a quem trabalha nessa ind�stria.
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