Espa�o da arte contempor�nea, Pal�cio de T�quio renasce em Paris
Vinte e dois mil metros quadrados dedicados � arte contempor�nea, em Paris: o Pal�cio de T�quio reabre as portas na quinta-feira (19), ap�s ter reconquistado espa�os, na expectativa de se tornar um grande polo criativo na Europa.
O pr�dio monumental, pr�ximo � torre Eiffel, permaneceu fechado durante dez meses para obras de reforma.
Alojado num edif�cio Art Deco, constru�do em 1937 para a Exposi��o Universal, o Pal�cio de T�quio ser� o "antimuseu por excel�ncia", afirmou seu diretor, Jean de Loisy, durante a apresenta��o � imprensa do novo templo da arte.
A renova��o, no valor de 20 milh�es de euros (US$ 26,2 milh�es), ficou a cargo dos arquitetos Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal, que optaram por derrubar paredes e divis�rias, abrindo um imenso espa�o subterr�neo.
A alguns dias da abertura, os oper�rios se apressam para preparar os locais dedicados � grande exposi��o inaugural, a Trienal, que estar� aberta � visita��o a partir de 20 de abril.
O renascimento da casa ser� celebrado da noite de quinta-feira at� a meia-noite de sexta, com uma abertura 'non stop' de 28 horas, marcada por concertos, confer�ncias, espet�culos: a ideia � transmitir "uma intensa vis�o acelerada e alucinat�ria da energia que afluir� ao local nos pr�ximos anos", anunciam os organizadores.
Philippe Wojazer/France Presse | ||
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Presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, em instala��o da artista alem� Ulla von Bradenburg no Pal�cio de T�quio |
"Arte Venenosa"
O p�blico vai descobrir v�rias obras que v�o permanecer em exposi��o durante cerca de um ano. Assim, Christian Marclay, artista pl�stico americano-su��o, que obteve o Le�o de Ouro da Bienal de Veneza em 2011, imaginou os "vitraux" das janelas do restaurante cobertos de imita��es de desenhos animados. � "o som da vida que volta" ao local, ap�s v�rios meses de fechamento, comentou Jean de Loisy.
O visitante encontra, em seguida, uma obra de Maria Loboda, de origem polonesa, cujos pigmentos s�o compostos de venenos destilados (ars�nico, cianurete, merc�rio...). "Quero que se sinta o car�ter venenoso da arte", declarou o diretor do pal�cio. "A arte transforma, salva ou destr�i."
Uma espetacular escultura do belga Peter Buggenhout, "The Blind leading the Blind" (o cego guiando o cego), est� suspensa na escada.
O franc�s Jean-Michel Alberola criou um "Quarto de instru��es", feito de imposi��es escritas pelo artista para transformar o presente, para os que n�o acreditam mais em utopias: "retomem a conversa��o" ou ainda "a quest�o do poder � a �nica resposta".
Em quatro andares, o Pal�cio de Toquio vai propor exposi��es tempor�rias e monografias sobre artistas de diferentes gera��es, dando carta branca aos criadores.
O audit�rio de 500 lugares procura, ainda, um mecenas para sua renova��o. Um restaurante, com vista para o Sena, abrir� em setembro.
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