Indon�sia atrai turistas at� para �reas que sofreram desastres naturais
O turismo na Indon�sia, local de praias paradis�acas, paisagens tropicais e cultura ex�tica, se reinventa e tenta atrair o viajante para locais devastados por fen�menos naturais.
Vulc�o lan�a cinzas e for�a cancelamento de voos na Indon�sia
O arquip�lago indon�sio, encravado no C�rculo de fogo do Pac�fico, uma �rea que registra uma m�dia de 7 mil tremores ao ano, come�a a seduzir os viajantes fascinados pela hist�ria de vulc�es, terremotos e tsunamis.
Hotli Simanjuntak/Efe |
Mu�ulmanos realizam suas ora��es matutinas na Grande Mesquita de Baiturrahman, en Banda Aceh, Indon�sia |
Estas adversidades que antes representavam um obst�culo para o turismo, que gera cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s, atualmente se transformou em uma fonte de receitas.
A destrui��o causada no ano passado pela erup��o do vulc�o Merapi, na ilha de Java e pr�ximo � cidade de Yogyakarta, agora est� sendo explorada comercialmente.
Mais de 300 pessoas morreram por causa das erup��es do Merapi. Mas atualmente a destrui��o da regi�o, onde � poss�vel ver os restos de casas queimadas, � visitada diariamente por dezenas de turistas, desde que os guias de excurs�es resolveram incluir esse cen�rio em seu roteiro.
At� os moradores da regi�o resolveram se aproveitar desse fluxo de turistas, criando estabelecimentos que vendem desde fotos do desastre a camisetas e DVDs com imagens chocantes.
ADAPTA��O
Chaideer Mahyudin/AFP |
Menino indon�sio coloca flores de papel na terra, para marcar sexto anivers�rio de terremoto e tsunami em Banda Aceh |
Para Alessandra Marozza, uma turista italiana, a maior surpresa n�o foi contemplar o desastre, mas "a forma como os indon�sios se acostumaram � cat�strofe".
A popula��o do pa�s sabe se adaptar rapidamente �s calamidades, e por tradi��o, apego ou necessidade, acaba refazendo sua vida nas encostas dos vulc�es, regi�es s�smicas ou em �reas litor�neas expostas ao risco de um tsunami.
Por causa desta nova tend�ncia, o Minist�rio de Turismo ressaltou que sua pol�tica consiste em atrair turistas para �reas devastadas ap�s sua completa recupera��o.
Com esta filosofia, as autoridades come�aram a promover o turismo em Aceh, situada no extremo norte da ilha de Sumatra, e que ficou famosa desde que sofreu com um maremoto que deixou 164 mil mortos em 2004.
Em Banda Aceh, a capital da prov�ncia, foi constru�do um museu sobre o maremoto, onde � poss�vel ver fotografias do desastre e relatos dos sobreviventes.
Os vulcan�logos locais calculam que atualmente h� na Indon�sia 129 vulc�es ativos e, segundo o Instituto Geol�gico dos Estados Unidos, este arquip�lago, formado por 17.508 ilhas, teve o maior n�mero de vulc�es ativos ao longo da hist�ria.
KRAKATOA
O mais famoso de todos eles continua sendo o vulc�o Krakatoa, que em 1883, em uma das maiores erup��es conhecidas, provocou a morte de 36,4 mil pessoas.
Em 1929, os vulcan�logos comprovaram a cria��o no estreito de Sonda de uma nova ilha por causa da atividade s�smica, e que foi batizada como Anak Krakatoa.
O vulc�o registrou sua �ltima erup��o em 1994, causando a morte de um turista americano, e h� algumas semanas expulsa cinzas continuamente.
No meio do mar, entre v�rias ilhas vulc�nicas e a mais de 50 quil�metros do litoral, o Anak Krakatoa lan�a cinzas "40 ou 50 vezes por dia", segundo relata Didi, um marinheiro e guia de Carita, uma localidade pr�xima.
As autoridades indon�sias prepararam um plano para a eventual retirada de milhares de moradores de aldeias pr�ximas ao vulc�o, visitado com regularidade pelos turistas a bordo de pequenas embarca��es, que ficam a cerca de 300 metros de dist�ncia do Anak Krakatoa.
Depois de mais de uma hora de navega��o desde uma das praias de Carita, repleta de avisos com instru��es de como deixar o local em caso de tsunami, � poss�vel ver as incessantes cinzas lan�adas pelo Anak Krakatoa, onde � proibido desembarcar quando o n�vel de alerta estiver alto.
O passeio pelo vulc�o, que dura cerca de meia hora, n�o � considerado perigoso "sempre que for feito com seguran�a e em �pocas de inatividade", segundo Didi.
O guia ressalta que "h� pessoas que v�m passar fim de ano e outras datas comemorativas" no local "para torn�-las inesquec�veis".
Livraria da Folha
- Cole��o "Cinema Policial" re�ne quatro filmes de grandes diretores
- Soci�logo discute transforma��es do s�culo 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade