O largo do Arouche j� foi chamado largo do Ouvidor, largo da Artilharia e tamb�m pra�a Alexandre Herculano, quando servia para treinamentos militares.
O nome atual, de 1954, � uma homenagem ao tenente Jos� Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), governante da cidade e diretor da Faculdade de Direito de S�o Paulo e do Jardim Bot�nico.
As primeiras lojas surgiram em 1810 e dividiam espa�o com uma pequena lagoa, que foi aterrada no s�culo 19.
Em 1909, a APL (Academia Paulista de Letras) instalou ali sua sede, em um edif�cio tombado pelo patrim�nio hist�rico estadual e projetado pelo franc�s Jacques Pilon. Foi a proximidade com a sede da APL que fez com o que o governo italiano escolhesse o Arouche para instalar o monumento do imperador romano Ot�vio Augusto, um presente � cidade em 1948.
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Largo do Arouche, no centro de S�o Paulo, em 1954 |
Outras obras famosas tamb�m est�o ali. A escultura "A Menina e o Bezerro", do carioca Luiz Christophe, foi encomendada pelo prefeito Raymundo Duprat. J� em 1932, a obra de nudez "Depois do Banho", do italiano Victor Brecheret, chocou a sociedade ao ser instalada no largo.
O Mercado de Flores chegou em 1953, quando feirantes que trabalhavam como ambulantes ganharam a permiss�o da prefeitura para instalar suas barracas.
Martinho Alexandre, 82, est� h� 64 anos no largo e faz parte da segunda gera��o de sua fam�lia no Mercado de Flores. "Naquela �poca a regi�o era muito bem ajardinada, frequentada pelas classes mais altas da cidade, havia at� um cocho para os cavalos beberem �gua", conta.
Ele tamb�m cita os restaurantes que est�o no local at� hoje, como o franc�s La Casserole, que pertence � mesma fam�lia h� mais de 60 anos, e a cantina O Gato que Ri, com mais de 50 anos de tradi��o. Agora, esses estabelecimentos dividem espa�o com lojas, escrit�rios de arte, arquitetura e design, coworkings e bares frequentados pelo p�blico LGBT.