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Empresa seleciona candidatos por meio de curtidas nas redes sociais

Cada vez mais distantes das tradicionais din�micas de grupo, os processos seletivos agora podem incluir at� a divulga��o de parte das atividades nas redes sociais, como v�deos feitos pelos candidatos -e passa para a pr�xima fase quem conseguir o maior n�mero de likes.

A t�tica foi empregada pela Serasa Consumidor, que est� nas etapas finais da sele��o de um produtor de conte�do com o programa "Emprego dos Sonhos". O profissional vai viajar pelo pa�s por um ano e coletar hist�rias de cidad�os sobre educa��o financeira e ideias para superar a crise, com v�deos, textos e fotos.

Depois de fazer um v�deo-teste sobre finan�as pessoais, os candidatos fizeram campanha nas redes sociais para angariar curtidas. Os dez mais votados pelo p�blico, al�m de cinco selecionados por uma banca de profissionais da Serasa Consumidor, foram escolhidos para a semi-final.

O uso das redes sociais no processo seletivo n�o ser� estendido para todos os postos da empresa, segundo Fernanda Coutinho, diretora de recursos humanos.

"A estrat�gia � espec�fica para essa vaga, uma vez que o profissional precisar� usar bem as redes para divulgar seu conte�do. Al�m disso, � uma forma de posicionar nossa marca, gerando o interesse dos jovens por uma vaga aqui", diz Coutinho.

Fotolia
Entrevista de emprego
Ferramentas on-line, que incluem redes sociais, ganham espa�o em processos seletivos

Mas nem s� os mais populares passaram para a fase final da sele��o. Al�m da vencedora pelo 'voto popular', que conseguiu 1.216 likes, uma das tr�s finalistas, D�bora Bucco, 28, levou apenas 73 curtidas no v�deo, mas foi aprovada pelo comit� selecionador.

"O fato de ser sido escolhida mesmo com poucos likes me mostrou que minha estrat�gia de fazer o v�deo com cuidado, mesmo que o entregasse no fim do prazo e tivesse pouco tempo para fazer campanha, deu certo. Queria chamar a aten��o pela qualidade do material", conta Bucco.

O n�mero de inscri��es bateu em 120 mil e n�o era preciso comprovar forma��o espec�fica, apenas ser maior de 18 anos e ter carteira de trabalho.

Para Tania Casado, especialista em carreiras e professora da USP (Universidade de S�o Paulo), os recrutadores devem tomar cuidado com estrat�gias do tipo.

"Neste caso, faz sentido porque parte do trabalho desse profissional ser� gerar interesse pelo conte�do. Mas, se o trabalho n�o exige essa compet�ncia, a empresa poder� premiar quem tem uma rede maior de contatos, em vez do candidato ideal", diz.

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