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Segredo da vitalidade � trabalho mental, afirma Helena Ignez

Alfredo Brant/Folhapress
Helena Ignez em sua produtora, em S�o Paulo
Helena Ignez em sua produtora, em S�o Paulo

Helena Ignez lan�a "A Mo�a do Calend�rio" nos cinemas em 27 de setembro. Inspirado em roteiro de Rog�rio Sganzerla (1946-2004), seu marido por 34 anos, o filme traz no papel-t�tulo a filha Djin Sganzerla. E a atriz e diretora baiana j� pensa nas grava��es do pr�ximo longa-metragem, "Uma Porta para o Infinito".

Aos 79 anos, ela tamb�m planeja levar a pe�a "Tch�khov � um Cogumelo" para Fran�a e Portugal, al�m de atuar em "Ringue", de Cristiano Burlan, sem previs�o de estreia.

"Acho sensacional fazer uma 'ring girl' com a minha idade. Fiquei t�o encantada pela personagem", conta, em seu apartamento na Consola��o, em S�o Paulo.

*

Qual � o segredo da vitalidade?
� um trabalho mental segurando um corpo fr�gil.

Qual considera sua maior realiza��o?
Eu mesma, com toda a mod�stia. Vivo um momento feliz da vida. Estou vendo minhas filhas bem [al�m de Djin e de Sinai Sganzerla, � m�e de Paloma Rocha, nascida de seu casamento com o cineasta Glauber Rocha (1939-1981)].

Vejo os filmes de Rog�rio Sganzerla sendo assistidos no mundo todo com grande interesse. E tem o meu trabalho. Fazer um filme, uma pe�a de teatro, � sempre um desafio. Ent�o, estou prestando boas contas, mas ainda n�o terminou.

Para voc�, o que � o teatro?
� a verdade, a possibilidade de introspec��o e de fasc�nio. Um encantamento total porque o teatro pertence a uma magia, uma designa��o m�tica.

Algo muito especial acontece atrav�s dos atores diariamente. A gente precisa ter verdade e naturalidade num estado artificial.

De onde vem sua inquieta��o?
Da vontade de expandir o amor. Porque a n�o-inquieta��o seria fechar-se em si mesmo, n�o receber do outro, n�o dar. Acho que vem desse sentimento amoroso.

Qual seu estado mental atual?
De expectativa, de ver as possibilidades de produ��o de "Uma Porta para o Infinito". Talvez, come�ar no fim do ano.

� o relato de uma mulher que teve a vida cheia de acontecimentos particulares e reveladores de uma condi��o feminina ainda vulner�vel. Uma mulher de quase 80 anos, roqueira e que na d�cada de 1970 foi faquiresa. Tem tamb�m um faquir na hist�ria.

Quem vai interpretar essa mulher?
Na minha idade, eu, e na juventude, a Djin Sganzerla. Para fazer o faquir, desejo o Jo�o Miguel, que conhe�o desde que ele tinha 15 anos. � um desses atores-bicho, capazes de modificar uma narrativa cinematogr�fica com a interpreta��o.

Qual seu maior medo? Perder o interesse pela vida. Esse � um medo assustador.

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