Feira da Madrugada e Minhoc�o s�o alvos de a��es empresariais
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
Moradores aproveitam o domingo no elevado Jo�o Goulart, o Minhoc�o, no Centro de S�o Paulo |
At� o fim do ano, parte dos comerciantes que ocupam os 4.000 boxes da Feira da Madrugada, no Br�s, deve ser realocada em um pavilh�o pr�ximo, para que comece a ser constru�do no local o Centro Popular de Compras.
Essa deve ser a primeira entrega do Circuito de Compras, concess�o p�blica firmada no governo de Fernando Haddad (2013-2016) que prev� uma s�rie de benfeitorias para regi�es de com�rcio popular da cidade.
O acordo prev� tamb�m, at� o fim de 2019, um terminal e um estacionamento para �nibus, um estacionamento para autom�veis, �reas de descanso para guias e motoristas, um sistema log�stico de compras e um sistema de transporte de passageiros que far� a liga��o entre Br�s, Santa Ifig�nia, Bom Retiro e a rua 25 de Mar�o.
Uma segunda fase, para o fim de 2023, prev� a constru��o de um hotel, salas comerciais e a restaura��o de armaz�ns da antiga RFFSA (rede ferrovi�ria federal).
Para explorar comercialmente o complexo, a concession�ria pagar� � cidade uma outorga de R$ 50 milh�es, mais 5% do faturamento –com valor m�nimo de R$ 5 milh�es por ano- e arcar com o investimento para as obras –cerca de R$ 500 milh�es.
O prefeito Jo�o Doria tamb�m vem buscando a iniciativa privada para tentar colocar de p� projetos de revitaliza��o nas �reas centrais da cidade.
Ele chegou a anunciar em abril a contrata��o do arquiteto Jaime Lerner para apresentar propostas de requalifica��o para a cidade.
O contrato com Lerner foi feito por meio do Secovi-SP (sindicato imobili�rio), com recursos da entidade.
Um dos temas centrais desse projeto � o Minhoc�o, o pol�mico elevado constru�do na primeira gest�o de Paulo Maluf (1969-1971).
Pelo projeto de Lerner, o elevado seria transformado em um parque, com �rvores mais altas nas laterais, protegendo quem mora �s margens do viaduto da curiosidade dos frequentadores.
Al�m disso, haveria faixa para bicicletas e escadas e elevadores para facilitar o acesso dos usu�rios. O plano prev� tamb�m uma "praia", com piscina e bols�o de areia, e rampas para ligar o parque a alguns edif�cios.
Os andares na altura do viaduto seriam ocupados por caf�s e restaurantes, e o espa�o sob o elevado seria utilizado para exposi��es e eventos culturais.
O futuro desse projeto ambicioso, no entanto, ainda � uma inc�gnita. Procurados, o Secovi-SP e o escrit�rio de Jaime Lerner n�o quiseram falar sobre o assunto e afirmaram que quem se pronuncia sobre o tema � a prefeitura. Esta, por sua vez, informou que recebeu o projeto do arquiteto –oferecido pelo Secovi como resultado de um chamamento p�blico para a apresenta��o de propostas de requalifica��o do centro– e que est� avaliando a proposta e analisando a viabilidade e o impacto das interven��es.
Outro item que est� nos planos da atual gest�o � a revitaliza��o da pra�a da S�, com apoio do Instituto dos Advogados de S�o Paulo.
Jos� Hor�cio Halfeld Rezende Ribeiro, presidente da entidade, conta que foi procurado pelo prefeito para adotar um monumento pr�ximo � sede da entidade, que fica na regi�o central.
"Quando entendi qual era o objetivo, decidi ter um envolvimento maior, que � revitalizar o marco zero da cidade, atualmente subaproveitado", afirma.
Assim, conseguiu que o escrit�rio Arthur Casas doasse o projeto. Agora tenta fechar um patroc�nio de R$ 100 milh�es com uma empresa, cujo nome ainda n�o revela. "A ideia � fazer com que se utilize a pra�a da S� como se usa um parque", conta.
Em outra frente, o prefeito anunciou no fim de agosto uma parceria com a Eletropaulo para o enterramento de fios na regi�o central. A prefeitura afirma que as obras da primeira fase, que deve abranger 117 vias e 52 km de extens�o, j� come�aram e devem acabar em julho de 2018.
A Eletropaulo afirma que sua fia��o na regi�o j� � enterrada e que disponibilizou R$ 6 milh�es para retirar 2.109 postes. A quest�o agora depende do enterramento dos fios das redes de telecom.
Segundo a TelComp (associa��o do setor), por�m, as empresas ainda est�o elaborando os projetos t�cnicos para a execu��o do trabalho.
Em um segundo momento, a partir de janeiro do ano que vem, o projeto alcan�aria tamb�m as vias em torno do Mercado Municipal.