Descrição de chapéu Governo Lula

Lula repete tom de Bolsonaro ao dizer que tem 'tesão de 20 anos' e Janja como testemunha

Presidente rebateu comparações com Joe Biden durante evento nesta sexta, na Grande SP

Osasco e Diadema

O presidente Lula (PT) rebateu nesta sexta-feira (5) paralelos com a situação vivida pelo presidente americano Joe Biden e disse durante evento na Grande São Paulo que "tem tesão de 20" anos.

Afirmou ainda que a primeira-dama Janja é "testemunha ocular" de que não está cansado e criticou, ao discursar, quem o compara com Biden, que tem sido questionado nos Estados Unidos sobre sua capacidade de governar o país aos 81 anos.

Lula, 78, disse que todos que acham que ele está cansado estão convidados a fazer uma agenda junto com ele.

Lula durante evento em Osasco, nesta sexta-feira (5)

"Se ele aguentar levantar às 5 horas da manhã e ir dormir à meia-noite todo dia, aí ele pode dizer que eu tô cansado. Eu quero ver quem fala que eu tô cansado, e tá sentado com a bunda na cadeira escrevendo, se tem coragem de levantar e ir para rua para andar. Então, quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular. Quando eu falo que eu tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20, eu estou falando com o conhecimento de causa", afirmou, durante agenda em Osasco.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos que criticaram o petista nesta semana, afirmando que ele não está "com suas faculdades mentais normais". O ex-mandatário costuma dar declarações chamando a si próprio de "imbrochável".

Em Diadema, Lula fez uma referência indireta ao ex-presidente, ao citar a investigação sobre joias presenteadas pela Arábia Saudita. Disse que não haveria sentido em ser presidente da República para "receber colar de pedras preciosas".

"Quando eu estiver fazendo uma coisa errada, ao invés de vocês falarem 'o Lula está errando', vocês têm que falar: 'Eu tô errando'. 'Eu tô errando porque o Lula é o nosso povo na Presidência da República.'"

Nesta sexta-feira, Lula encerrou uma sequência de viagens oficiais pelo país que contaram com a participação de pré-candidatos a prefeito aliados ao petista. A partir deste sábado (6), candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas, segundo a legislação eleitoral.

Pela manhã, o presidente participou de inauguração de um novo edifício no campus em Osasco da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No período da tarde, ele visita obras do CEU (Centro Educacional Unificado) em Diadema, também na Grande São Paulo.

Em Osasco, o pré-candidato pelo PT é o deputado estadual Emidio de Souza, que esteve ao lado de Lula no palanque e discursou, sem fazer referência às eleições.

Uma das presenças no ato foi a do ex-deputado petista João Paulo Cunha, que foi condenado no Supremo Tribunal Federal no escândalo do mensalão e que se afastou da vida pública.

Em entrevista, o ministro Alexandre Padilha criticou a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dizendo que ele precisa se explicar sobre por que não tem ido a atos com o presidente.

Em Diadema, o presidente foi a evento com o prefeito petista José de Fillipi Jr, que é pré-candidato e tenta a reeleição.

Lula afirmou que precisava fazer as visitas pelo país antes de 5 de julho porque "a partir de amanhã vão dizer que é campanha eleitoral", disse.

Fez chamamento a pré-candidatos aliados, dizendo que a população mora nas cidades e que é preciso "trabalhar em parceria com os prefeitos". "Portanto, vocês se preparem para ganhar a eleição."

Ele repetiu discurso da manhã desta sexta sobre a diferença entre investimento e gasto público, dizendo que o Estado precisa cuidar dos mais pobres.

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