O coach Pablo Marçal é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (5) sob suspeita de crimes eleitorais. A corporação investiga se ele cometeu também os crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e apropriação indébita nas eleições de 2022.
A operação da PF que mira o coach cumpre sete mandados de busca e apreensão em Barueri e Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.
Marçal foi pré-candidato à Presidência da República pelo PROS no ano passado, mas teve seu nome barrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Após a decisão, ele se lançou candidato a deputado federal, mas também teve o registro indeferido pela corte eleitoral.
Segundo as apurações feitas pela PF, Marçal e um sócio dele fizeram doações à campanha do coach à Presidência e à Câmara, e parte desses valores foram remetidos às próprias empresas das quais são sócios.
Após a operação, o coach disse que é alvo de "perseguição política". Para Marçal, a investigação se deve ao apoio dele ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
"Claramente existe uma tentativa de silenciar as vozes daqueles que defendem a liberdade nessa nação. Coloco tudo a disposição e acredito que a Justiça Eleitoral usará da firmeza da lei para cessar essa revolta instaurada sobre mim", escreveu ele, nas redes sociais.
Em nota encaminhada por sua assessoria, a defesa de Marçal afirma que "nenhum ilícito foi praticado e nenhum centavo de dinheiro público foi utilizado nas campanhas eleitorais", que tiveram despesas pagas com recursos próprios ou de doações.
"O cerne da investigação gira sobre o fato de Pablo ter sido o maior doador de sua campanha, e ter locado veículos e aeronaves de empresas da qual faz parte do quadro societário, movimento esse que não infringe qualquer norma legal, uma vez que foram utilizados os instrumentos jurídicos aceitáveis pela Justiça Eleitoral."
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