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Monark, Adrilles e deputados bolsonaristas têm contas bloqueadas em redes sociais

Em fevereiro, influenciador foi demitido do Flow Podcast após defender direito de nazistas se organizarem em partido

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São Paulo

O YouTube tirou do ar o canal do influenciador Bruno Aiub, o Monark. Na noite desta terça-feira (8), quem tentasse acessar os vídeos do podcaster encontrava a mensagem "Este canal não está disponível em seu país".

No Twitter, Monark culpou o STF (Supremo Tribunal Federal), disse estar sendo censurado e chamou o ministro Alexandre de Moraes de ditador. O motivo da remoção do canal, porém, não foi explicado.

"Fui censurado pelo STF... Não vivemos em uma democracia. Me acompanhe no Rumble/monark! Quantos dias até a policia vir na minha casa? Alexandre de Moraes age como um ditador", escreveu.

O podcaster Bruno Aiub, o Monark - Reprodução/rumble

Monark foi demitido do Flow Podcast em fevereiro depois de defender o direito de nazistas se organizarem em um partido reconhecido pela lei.

O comentário do apresentador foi feito em fevereiro durante entrevista com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (DEM).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião ", disse Monark. "Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei." Tabata Amaral rebateu o podcaster na ocasião.

Nos últimos dias, Monark vinha criticando a derrubada de contas nas redes sociais por ordem do Supremo. "Estamos vivendo uma ditadura do judiciário. Situação é grave. Foda-se Direita ou Esquerda, se você é brasileiro, lute, não deixem tomarem sua liberdade", escreveu sobre a ordem de Moraes para a PF colher depoimento do economista Marcos Cintra, que colocou as urnas eletrônicas em dúvida.

Além de Monark, o ex-BBB e comentarista político Adrilles Jorge (PTB-SP), ex-candidato a deputado federal e aliado de Bolsonaro, teve a sua conta no Twitter retida por determinação da Justiça nesta terça. Em vídeo, no Instagram, ele reclamou daquilo que chamou de "cerceamento" e de suposto "estado de censura no Brasil".

"Acabam de bloquear a minha conta no Twitter. Não sei por quê. E eu não conclamei ninguém a golpe nenhum. Eu sequer insuflei multidão. Eu não expus relatório de nenhum argentino. Eu simplesmente reclamei da falta de liberdade. Disse simplesmente que a gente podia estar em um estado de censura no Brasil", disse.

Além de Adrilles, os deputados federais José Medeiros (PL-MT) —reeleito na última eleição com 4,75% dos votos válidos— e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) —eleito com 5,72% dos votos válidos— também tiveram os seus perfis suspensos.

Os dois também fazem parte da base aliada de Bolsonaro e compartilharam imagens de bolsonaristas que protestam contra a eleição de Lula. Em alguns atos, apoiadores fazem o bloqueio de rodovias e chegam a pedir intervenção militar.

No Instagram, Medeiros informou sobre a suspensão do seu perfil e recorreu ao bilionário Elon Musk, novo dono do Twitter. "Elon Musk, onde você está?", escreveu ele, na legenda, em inglês. "A censura existe no Brasil. Querem calar os parlamentares e o povo brasileiro. O Estado Democrático está sob ataque", afirmou, em outro post.

Moraes tem tomado as decisões contra apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em ações no TSE e no inquérito das milícias digitais relatado por ele no Supremo.

No caso dos bloqueios das contas em redes sociais dos deputados bolsonaristas Coronel Tadeu (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO), Carla Zambelli (PL-SP) e do parlamentar eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), a decisão de Moraes foi pelo TSE.

Já o economista Marcos Cintra, vice de Soraya Thronicke (União Brasil) na disputa presidencial, teve a conta suspensa via inquérito das milícias digitais do STF.

O deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), que teve seu perfil no Twitter bloqueado na última sexta-feira (4), criou nesta quarta-feira (9) uma nova conta na plataforma, driblando a suspensão.

"Sim. Esse é o meu novo Twitter. Fui banido por pedir transparência. Nós não podemos parar", escreveu ele, junto de um vídeo. Gayer diz que não teve acesso à decisão que determinou o bloqueio de sua conta e que por esse motivo se sentiu no direito de fazer o novo perfil.

Colaborou UOL

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