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TSE manda apagar vídeos em que Lula associa Bolsonaro a morte de apoiador do PT

Ministra Cármen Lúcia também derruba publicações em que bolsonaristas dizem que petistas combinou perguntas com Jornal Nacional

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Brasília

A ministra Cármen Lúcia, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mandou remover das redes sociais, nesta quinta-feira (6), discurso em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associa o presidente Jair Bolsonaro (PT) ao assassinato de um apoiador do petista em Mato Grosso.

Na ação apresentada pela coligação de Bolsonaro, a ministra afirma que a fala de Lula relaciona o "comportamento de candidato à morte de determinada pessoa".

Instagram e YouTube têm 24 horas para apagar dois vídeos do canal de Lula com discurso feito em Taboão da Serra (SP), em 10 de setembro.

O ex-presidente Lula (PT) discursa na convenção nacional do PSB, em Brasília
O ex-presidente Lula (PT) discursa na convenção nacional do PSB, em Brasília - Gabriela Biló - 29.jul.22/Folhapress

"O PT tem obrigação de saber todas as coisas para ajudar esta família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro", afirma Lula no discurso.

A coligação de Bolsonaro disse que a fala do petista tenta atribuir a Bolsonaro "a responsabilidade por um assassinato e lhe confere, novamente, o adjetivo ‘genocida'".

O TSE já havia derrubado, em setembro, publicação da presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), chamando Bolsonaro de mandante do mesmo assassinato.

Lula e Gleisi se referiam a Benedito Cardoso dos Santos, morto em 9 de setembro por um bolsonarista em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, após uma discussão.

Em outra decisão desta quinta, Cármen Lúcia manda o Twitter, Facebook, Tik Tok e YouTube apagarem 23 publicações de bolsonaristas com a informação falsa de que Lula combinou perguntas e respostas ao ser entrevistado pelo Jornal Nacional.

A coligação de Lula acionou o TSE sob argumento de que as mensagens tentam "induzir o eleitor a crer que Lula teria recebido previamente as respostas das perguntas que lhe foram direcionadas" no telejornal.

"O que se tem é divulgação de mensagem sabidamente inverídica em ofensa à imagem do candidato", afirma a ministra.

As redes sociais devem apagar, em 24 horas, publicações do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos de Bolsonaro, também de Rodrigo Constantino, comentarista da Jovem Pan, entre outros perfis.

A ministra ainda determina que as empresas entreguem dados para identificar os responsáveis por perfis que compartilharam a informação falsa sobre Lula, como os de Kim Paim, que conta com 844 mil seguidores no Twitter.

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